Diretor desportivo do COP e os problemas de Paris'2024: «Vamos confiar nas autoridades francesas»

Pedro Roque diz que vê os atletas portugueses muito focados na preparação e sem grandes preocupações

• Foto: Lusa

O diretor desportivo do Comité Olímpico de Portugal (COP), Pedro Roque, garantiu que vê os atletas portugueses muito focados na preparação e sem grandes preocupações com os problemas que possam vir a encontrar nos Jogos Olímpicos Paris'2024.

A segurança, os transportes e a limpeza das águas do rio Sena, onde vão decorrer as provas de natação de águas abertas e triatlo, são problemas com os quais as missões nacionais se poderão deparar, mas o diretor do COP afirmou que não "há uma ampliação destas questões" entre a comitiva lusa.

"Aquilo que eu vejo fundamentalmente do lado de lá [dos atletas] é um foco muito grande naquilo que é essencial, ou seja, naquilo que é a sua preparação independentemente das condições que vão encontrar", referiu, em entrevista à agência Lusa.

A 100 dias do início de Paris'2024, que se assinalam na quarta-feira, as águas do Sena continuam a gerar alguma preocupação, sendo que, em 2023, houve eventos-teste cancelados.

"Aquilo que eu vejo, quando nós falamos com a Federação de Triatlo e com a Federação de Natação, é que independentemente das condições, eles estão focados em colocar os atletas no seu melhor nível", revelou.

Pedro Roque adiantou ainda ter falado há pouco tempo com Angélica André e assegurou que a nadadora portuguesa qualificada para a prova de águas abertas "não colocou quaisquer tipos de problemas" e que "a única situação que ela vê é a preparação para os Jogos e se for ali é ali, se for noutro sítio é noutro sítio".

"Vamos todos confiar nas autoridades francesas, que não vão colocar seguramente os atletas em risco, em situações em que não possam exercer esta atividade nas melhores condições. Portanto, vamos todos acreditar que sim e acreditamos também que, no caso de esta situação [nadar no Sena] não poder ocorrer, que os planos B estão a ser traçados pela organização", referiu.

Embora o pelouro logístico da delegação portuguesa seja de Marco Alves, chefe de Missão a Paris2024, Pedro Roque disse que todos estão coordenados para fazer "da melhor maneira" tudo o que podem controlar e defendeu que é importante "confiar nas autoridades francesas".

"Não há outra forma de o fazer. Naturalmente que essas preocupações existem [...], mas eu não vejo uma federação que coloque essa preocupação acima daquilo que pode controlar. E aquilo que pode controlar é a preparação dos atletas e vejo os atletas muito focados na preparação para os Jogos", reiterou.

Questionado sobre o prémio monetário que a World Athletics vai atribuir aos campeões olímpicos, Pedro Roque admite que foge um pouco ao que "está na origem da competição olímpica e do movimento olímpico", mas que seguramente "os atletas vão aplaudir, porque aqueles que ganharem medalhas de ouro sairão, porventura, dupla ou tripla ou quadruplamente beneficiados".

"Nós temos, em Portugal, também um apoio para os nossos campeões olímpicos, muito similar ao valor que a World Athletics acabou agora por anunciar. O que quer dizer que não parece que haja falta de legitimidade relativamente a essa matéria. Isto para além de todas as vantagens, até comerciais e de patrocínios, que os atletas possam ter [depois de vencerem uma medalha]", referiu.

Os Jogos Olímpicos Paris'2024 disputam-se de 26 de julho a 11 de agosto.

Por Lusa
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