Cerca de 30 cidadãos ucranianos residentes em Portugal manifestaram-se esta terça-feira, de forma pacífica, contra a eventual participação de atletas russos e bielorrussos nos Jogos Olímpicos Paris2024, junto à sede do Comité Olímpico de Portugal (COP), em Lisboa.
Durante o dia de hoje, o comité executivo do Comité Olímpico Internacional (COI) recomendou a inclusão, a título individual, de desportistas russos e bielorrussos nas competições globais, sob bandeira neutra, adiando para "momento oportuno" uma decisão sobre a sua presença em Paris2024.
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Em declarações à agência Lusa, junto à sede do COP, onde decorreu a manifestação, o presidente da Associação de ucranianos em Portugal afirmou que é "difícil" afastar os atletas daqueles dois países e explicou porquê. "Estamos a fazer [manifestações] em todos os países de todo o mundo e decidimos que estes dias são decisivos para o COI não permitir que os atletas russos e bielorrussos participem em Paris2024. Estamos a fazer de tudo, mas sabemos que é difícil, porque a Rússia é muito potente no apoio financeiro, nos patrocínios e usa sempre o desporto como uma arma de propaganda nos seus interesses no mundo", explicou Pavlo Sadokha.
O líder daquela Associação considerou que afastar os atletas russos e bielorrussos de Paris2024 irá ajudar a colocar um ponto final na guerra que dura há mais de um ano. "Querem usar os Jogos Olímpicos para mostrar a sua posição, a sua razão e esperemos que o COI tome a decisão para ajudar a Ucrânia, para que termine esta guerra e não continue", concluiu.
Durante a manifestação, os cidadãos entoaram cânticos como "Prisão para os criminosos, Olímpicos para os atletas" ou "Não há Rússia e Bielorrússia em Paris", enquanto seguravam bandeiras da Ucrânia e exibiam cartazes com as frases "Rússia é um estado terrorista", "Digam não ao Putin", "Propaganda russa mata" e "Não à bandeira neutra".
Por sua vez, o presidente do COP deu conta que se mostrou disponível para receber a Associação de ucranianos, que recusou, e reconheceu que a questão em causa é "muito complexa e difícil de resolver". "Gostava de os receber, mas não quiseram. Disseram que enviariam uma carta, mas não rececionei a carta. Não têm, mas posso estar enganado, uma leitura correta relativamente ao que é a decisão quanto à participação nos Jogos Olímpicos, que é uma decisão do Comité Olímpico Internacional. Os comités olímpicos nacionais emitem opiniões e são ouvidos, mas quem decide é o COI. Ainda não decidiu e estamos perante uma questão muito complexa e difícil de resolver. Não há consenso entre os diferentes parceiros desportivos e olímpicos", transmitiu José Manuel Constantino, à Lusa.
O comité executivo do COI, composto por 15 elementos, será quem vai ter a derradeira palavra sobre quem poderá competir nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris2024, que vão decorrer na capital de França entre 26 de julho e 11 de agosto (Olímpicos) e de 28 de agosto a 08 de setembro (Paralímpicos).
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