Dupla tenta abrir portas ao badminton

Foto: Frank Schwarzbach

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Diogo Daniel e Beatriz Monteiro destacam-se em provas internacionais e apontam a novos voos

Em 2018, Diogo Daniel e Beatriz Monteiro tornaram-se os primeiros atletas portugueses a serem classificados pela BWF (Federação Mundial de Badminton) para competirem no circuito internacional de Parabadminton. Beatriz, de 15 anos, e Diogo, com 18, são dois atletas paralímpicos que somaram pontos para o ranking mundial, marcando presença em várias provas internacionais, e tentam dar maior visibilidade ao badminton no País.

“Comecei a jogar badminton com nove anos no desporto escolar e desde aí fiquei apaixonada pela modalidade. Ficava sempre entusiasmada quando ia competir lá fora. Vejo as competições como uma forma de me divertir”, garante Beatriz, que alcançou o pódio nos Internacionais de São Paulo (3ª) e Lima (2ª), em 2020, e pretende ver uma evolução na modalidade. “Existem cada vez mais pessoas a praticar badminton. Até abriu recentemente a categoria de sub-9, o que mostra maior interesse dos jovens. É uma modalidade muito diferente, pois não tem nada a ver com ténis, padel ou futebol. Não tem comparação possível”, explica.

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Já Diogo Daniel, que iniciou a prática na modalidade aos 11 anos por influência da mãe, leva mais anos de prática e analisou como se desenrola o badminton na vertente paralímpica. “No Parabadminton não interessa a idade. Podes jogar frente a uma pessoa de 20 anos ou outra de 40 ou 60 e acaba por ser igual. Não se nota a diferença. Claro que é um desporto muito pouco falado. As pessoas acham que o badminton é o que vemos no desporto escolar e não tem nada a ver com isso. Os atletas, principalmente os que estão no alto rendimento, têm muita carga de trabalho e têm que gerir tudo de forma correta”, sublinha o atleta das Caldas da Rainha.

Diogo Daniel não tem dúvidas em afirmar que foi importante a entrada no circuito da BWF para a evolução do Parabadminton. “Tanto eu como a Beatriz Monteiro fomos os pioneiros na modalidade adaptada. Desde 2018 houve um aumento no número de atletas no Parabadminton e isso pode levar a que mais pessoas queiram experimentar a modalidade”, conclui.

De resto, tanto Diogo como Beatriz estão orgulhosos pelo trajeto que têm realizado. “A sensação de representar Portugal a nível internacional é ótima! A minha melhor classificação (9º) foi no Mundial de Basileia (2019) e quero melhorar”, frisa o atleta, de 18 anos, enquanto a jovem, de 15 anos, destaca: “Fico entusiasmada por competir lá fora e tento aproveitar.”

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Apuramento para Tóquio acaba por ser um plano A

Pela primeira vez o badminton irá fazer parte do lote de modalidades que integram os Jogos Paralímpicos. Tendo isso em conta, e apesar da jovem idade, tanto Diogo Daniel como Beatriz Monteiro sonham em marcar já presença em Tóquio’2020. “Quero entrar já em Tóquio. A última hipótese de qualificação será em maio. Tenho de obter um pódio em Espanha, pois estou em 9.º lugar na qualificação e entram as seis primeiras de forma direta. Sou muito nova e apurar-me para Tóquio seria um sonho. Se não conseguir, Paris’2024 será o objetivo”, frisou a atleta, de 15 anos. Já Diogo foi perentório: “Espero conseguir a qualificação para Tóquio e depois para Paris’2024. Para ir a Tóquio necessito de ficar entre o 15.º e o 20.º lugar na prova em Espanha, mas acredito...”

Por Filipe Balreira
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