Atleta paralímpico francês assume homossexualidade: «Sim, sou pequeno, mestiço, perneta e gay»

Dimitri Pavadé ficou em quarto lugar na prova de salto em comprimento T64 dos Jogos Paralímpicos de Paris

• Foto: Reuters

Dimitri Pavadé, quarto classificado da prova de salto em comprimento T64 dos Jogos Paralímpicos, recorreu às redes sociais para assumir a homossexualidade. O atleta francês, através da longa mensagem que deixou no Instagram, apelou à tolerância. 

"Na minha vida, nunca tive planos ambições ou objetivos, apenas deixei-me levar e viver o presente. Desde que entrei no mundo do desporto, posso dizer que algumas coisas amadureceram em mim, como o sonho de fazer parte de uma equipa francesa. Hoje posso dizer com muito orgulho que o consegui alcançar. Consegui encontrar o meu caminho e dar sentido ao qu faço todos os diais: querer ser uma referência para as pessoas com deficiência. A partir de agora, espera-me outra batalha, que aguardava com impaciência. Aqui estou eu, pronto mais uma vez para enfrentar, ultrapassar e seguir em frente sem ter em conta o que os outros possam dizer ou pensar de mim", começou por escrever Dimitri Pavadé. 

E prosseguiu: "Sim, sou pequeno, mestiço, perneta e gay. A pessoa que sou, tal como outros, nunca teve de fazer uma escolha, por isso parem com os vossos discursos deploráveis e com os vossos julgamentos porque nunca vão mudar o mundo. O mais importante é que as pessoas mais importantes me amem pela pessoa que sou e não pela imagem que eu possa ter criado nesta sociedade demasiado julgadora. Se algumas pessoas não nos aceitam pelo que somos, então não merecem o nosso amor. A vida é demasiado curta para dar importância a este tipo de pessoas. Agora, tenho uma segunda batalha para travar com a comunidade LGBTQIA+ e espero dar força e coragem aos desportistas de alta competição que ainda não se atrevem a viver às claras e a desfrutar livremente da liberdade que é nossa por direito. A deficiência não +e algo que deva ser escondido e o mesmo se aplica à orientação sexual. Crianças e adultos continuam a suicidar-se a ser mortos. Não se esqueça de que as pessoas à sua volta também podem ser afetadas um dia". 

Por Record
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