Presidente da CAP revela ambição de Portugal para os Jogos Paralímpicos
A dois anos da realização dos Jogos Paralímpicos, que irão decorrer em Paris, Luís Costa mostra-se ambicioso no desempenho luso, que vai tentar superar o registo de apenas duas medalhas- ambas de bronze-, alcançadas no ano passado, em Tóquio.
"Estamos conscientes que a missão paralímpica Paris’2024 poderá ser um sucesso. Apesar de faltar um pouco para o início da competição, creio que vamos chegar lá com a convicção de competir da melhor maneira. Lidamos com a pressão dos portugueses que esperam dos atletas os melhores resultados, que passam sempre pela conquista de medalhas. Temos atletas de grande nível no boccia, mas também na natação, no atletismo e na paracanoagem", destacou o presidente da Comissão de Atletas Paralímpicos, que conquistou em agosto o Campeonato do Mundo de Paraciclismo e a Taça do Mundo.
A confiança do dirigente é também suportada pela assinatura do Contrato-Programa para Paris 2024, que aconteceu no passado mês de outubro. O Estado aumentou as verbas e a preparação Paralímpica custará 9,2 milhões de euros - mais 3,1 milhões face a Tóquio 2021. "A nossa ‘luta’ foi recompensada. É verdade que ao longo dos anos fomos caminhado para a equiparação das bolsas entre atletas olímpicos e paralímpicos, mas este novo contrato vem dar um equilíbrio nas despesas de preparação para a competição. Sempre intervimos no sentido de criar mais condições para os atletas paralímpicos", disse Luís Costa.
Críticas ao Orçamento do Estado 2023Apesar da assinatura do Contrato-Programa para os Jogos Olímpicos Paris’2024, Luís Costa critica o facto de o Orçamento de Estado do próximo ano destacar apenas 44,7 milhões de euros o valor da despesa no setor do desporto: "Não é nada justo, não apenas para os atletas paralímpicos, mas para todos em geral. Esta pequena fatia demonstra a pouca preocupação dos governantes com o desenvolvimento desportivo em Portugal. Isto tem de mudar! Continuamos atrás de outras realidade europeias, infelizmente". Recorde-se que a verba acordada representa um aumento de 1,6 milhões de euros em relação a 2022, seguindo uma tendência que se manifesta desde 2020, o primeiro ano marcado pela pandemia global Covid-19. Ainda assim, a despesa com o setor desportivo do país fica ainda 5,3 milhões de euros abaixo do valor estipulado em 2019.
Urgência na renovação de atletasO presidente da Comissão de Atletas Paralímpicos fez também uma reflexão sobre quais são os problemas que a vertente paralímpica enfrenta no presente.
"A idade dos nossos atletas é avançada e o futuro da vertente poderá estar comprometido. Defendo que o Estado devia apoiar mais as escolas, que são o ponto de partida na divulgação da informação e na descoberta de talentos. Todavia, não posso ser insensível aos problemas que as rodeiam, fruto da pouca capacidade financeira e da escassez de docentes. Estes últimos são muito importantes para ‘cativar’ as pessoas portadoras de deficiência para a prática desportiva. Os Centros de Reabilitação também desempenham um papel importante, pois os funcionários que trabalham lá estão em contacto com pessoas incapacitadas e podem identificar um futuro atleta. Caso consigam, eles podem entrar em contacto connosco e nós dirigimo-nos lá para uma conversa formal", disse.
E qual é o papel da Comissão de Atletas Paralímpicos? Luís Costa responde: "Esta organização é composta por cinco pessoas e temos a missão de fazer um elo de ligação entre os atletas e o Comité Paralímpico de Portugal. Os nossos interesses assentam sobretudo nas necessidades dos competidores, que apesar da pouca visibilidade, têm o orgulho de representar Portugal!"
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