Valdileia Martins supera drama familiar e consegue presença nas melhores do mundo
Com 1.92 metros na qualificação, Valdileia Martins não só se apurou para a final olímpica do salto em altura, como igualou o recorde nacional do Brasil. Um feito incrível para a já veterana brasileira de 34 anos, mas que ganha um peso ainda mais forte tendo em conta o drama que a própria viveu nesta semana. Uma semana de história pessoal, com a sua primeira presença olímpica, mas que ficou desde logo marcada pela trágica morte do seu pai. Foi na segunda-feira, cinco dias antes da estreia olímpica, quando já estava em Paris.
"Comecei a chorar, não perguntei à minha irmã como tinha acontecido. Parei de chorar, recompus-me e voltei a treinar. O Nei [Neilton Moura, treinador em Paris] nem percebeu que eu estava diferente. Só quando a minha outra irmã me ligou para perguntar se eu sabia é que o Nei me viu a chorar e perguntou o que tinha acontecido", revelou a Valdileia, em declarações ao UOL Esporte.
Apesar do drama, Leia, como é conhecida no seio familiar, ficou e competiu, muito por culpa daquilo que a mãe lhe disse numa conversa na terça-feira. "Quero que fiques e compitas, que era o que seu pai queria. Ele estava feliz e orgulhoso de você", disse a mãe da atleta nessa conversa.
E assim foi. Valdileia não só competiu, como se superou. Passou dos anteriores 1.90 metros de recorde pessoal para os 1.92 e carimbou um lugar como uma das 12 melhores do mundo. A final é no domingo à noite e aí, certamente, as emoções serão bem fortes.
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