Jasmine Moore já tinha feito história ao tornar-se na primeira norte-americana a qualificar-se para dois eventos de saltos dos Jogos Olímpicos (triplo salto e salto em comprimento) e, chegada a hora da verdade, voltou a deixar o seu nome nos livros dourados do atletismo.

É que, com os dois bronzes conquistados em Paris, o último dos quais ontem, no comprimento, Moore tornou-se na segunda da história a conseguir dois pódios em dois eventos distintos de saltos, a primeira desde a russa Tatyana Lebedeva, em 2004. A russa viria a repetir a façanha em 2008, mas seria desclassificada posteriormente devido a um controlo positivo de doping. A diferença em relação às medalhas de 2004 é que Lebedeva conseguiu o título olímpico numa das disciplinas, no caso o comprimento.

Além desse registo histórico, Moore conseguiu também tornar-se na primeira medalhada da história dos Estados Unidos no triplo salto. Nessa primeira final, foi 3.ª com 14.67 metros, ao passo que na segunda fez o seu melhor registo a 6.96 m.

Yulimar Rojas tentou qualificação 'dupla' em Eugene

Pode parecer fácil, pois são eventos de saltos, mas o salto em comprimento e o triplo salto exigem focos diferentes para atingir a excelência. E um dos exemplos disso foi o facto da venezuelana ter tentado fazer a 'dupla' nos Mundiais de Eugene'2022 e não ter conseguido qualificar-se. Bem, na verdade, a triplista até conseguiu a marca necessária (ao saltar 6.93 m), mas o registo foi invalidado por utilização de sapatilhas irregulares (usou as do triplo).

Ainda assim, o facto de apenas por essa vez ter alcançado a marca mostra a dificuldade desta dupla. Com isso, os 6.88, alcançados em 2021, são a sua melhor marca de carreira, longe do registo que valeu, por exemplo, o bronze a Moore. Note-se que Rojas até chegou a saltar uns incríveis 7.27m em 2021, mas com vento favorável de 2.7.