Na última partida da fase de grupos do torneio olímpico masculino de basquetebol, a Sérvia bateu o Sudão do Sul (96-85) e acabou com o sonhos dos africanos que entraram em campo com hipóteses de chegar aos quartos-de-final. Os europeus sabiam que só uma derrota pesada (por 23 ou mais) os eliminariam, ao passo que o Sudão do Sul, uma das grandes sensações da prova, estava obrigado a ganhar.

Apesar do favoritismo sérvio, o Sudão do Sul entrou com a disposição habitual. Muita luta e abnegação, sem medo da maior cotação dos opositores. No termo do período inicial a diferença era mínima (23-22 para a Sérvia).

No segundo quarto, com Jokic (22 pontos, 13 ressaltos e 4 assistências) a impôr-se nás areas próximas do cesto, os europeus chegaram a ter uma vantagem de 9 pontos. Parecia que o Sudão do Sul não tinha o ‘andamento’ necessário para se manter competitivo, mas foi aí que Carlik Jones, base norte-americano naturalizado, recolou a sua equipa na discussão. Ao intervalo, já tinha 10 pontos e 7 assistências (terminou com 17+10 e ainda 5 ressaltos) e a desvantagem no marcador era escassa (44-47).

O terceiro quarto não acrescentou muito. A Sérvia manteve a liderança, mas com o opositor por perto. Foi assim, com equilibrados 72-67, que se entrou nos derradeiros 10 minutos. E os africanos, por Gabriel, marcaram 4 pontos seguidos. O sonho era possível. Só que Bogdanovic não concordou com a ideia, continuou a acertar lançamentos triplos (converteu 6 para um total de 30 pontos) e num ápice a Sérvia fugiu para uma vantagem sólida que, desde então, soube segurar, apesar do Sudão do Sul se recusar a desistir. Foram eliminados mas ganharam o respeito das nações mais fortes do planeta.