«Ainda bem que houve algum maluco que aqui há uns anos pensou em arranjar uma pista»

Artur Lopes, antigo presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), recorda aposta feita em 2009

• Foto: Reuters

Artur Lopes, antigo presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), lembrou esta quinta-feira que ainda bem que "houve um maluco" que apostou na pista em Portugal, depois de Iúri Leitão ter conquistado a prata no omnium dos Jogos Olímpicos Paris'2024.

Logo após o ciclista vianense ter conquistado a primeira medalha do ciclismo de pista para Portugal e a segunda da história da modalidade, depois de Sérgio Paulinho na prova de fundo em Atenas'2004, Artur Lopes recordou a aposta na criação do velódromo de Sangalhos, que agora deu o seu maior fruto.

"Ainda bem que houve algum maluco que aqui há uns anos pensou em arranjar uma pista, custasse o que custasse. E isto está-se a ver hoje", disse à agência Lusa, numa alusão a si próprio, o vice-presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), ainda nas bancadas do velódromo de Saint-Quentin-en-Yvelines, nos arredores de Paris.

Artur Lopes considera que aposta na pista "tem rendido momento após momento" e lembrou as dúvidas que foram levantadas quando, em 2009, foi inaugurado o velódromo de Sangalhos, pois "não havia ciclismo de pista" em Portugal.

"Eu tive sempre a esperança que isto ia acontecer. Eu tive sempre, sempre a esperança. Eu fui sempre um homem que adorei a pista e tive sempre a esperança. E não parei de lutar até que houvesse um velódromo em Portugal. E estão os resultados aí. Também o Campeonato do Mundo, também uma série de medalhas em tudo quanto é sítio, também agora uma prata lindíssima e o Iúri correu para o ouro. Mas a prata é extraordinária", referiu.

De acordo com Artur Lopes, "esta prata demonstra que o Iúri Leitão é de facto um excelente 'pistard'", um ciclista "de eleição, espertíssimo, calmo, tranquilo, cheio de força".

"Ele é equilibrado em tudo, não é um grande sprinter, mas ele sabe onde é que há de estar para ganhar", referiu o antigo presidente da FPC, que deixou o cargo em 2012, sendo substituído por Delmino Pereira.

Artur Lopes deixou ainda elogios para o selecionador de pista, Gabriel Mendes, outra aposta sua enquanto líder federativo, "um homem muito calmo, um treinador muito preciso, muito rigoroso" e "um indivíduo estudioso, rigoroso, trabalhador, está aí o resultado".

Por Lusa
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