Rui Costa admitiu que o seu objetivo nestes Jogos Olímpicos é a prova de fundo, dia 4 de agosto, depois de ter sido 25.º esta tarde no contrarrelógio, onde Nelson Oliveira foi sétimo e a garantir o diploma olímpico.

"O objetivo, principalmente o meu, é a prova de estrada. Somos apenas dois, eu e o Nelson. Mas pronto, o Nelson safa-se melhor nesta vertente do que eu, apesar de que até ter tido boas sensações. Era um percurso muito difícil, porque era um percurso que requeria muito tempo em posição, requeria mover muita potência. No fundo era preciso ter prudência nas curvas, nas rotundas, porque havia diversos tipos de pisos, diversos tipos de alcatrão e então às vezes é melhor não arriscar, e aproveitar a fase de curvas mais perigosas, mais fechadas e rotundas para recuperar um pouco, para depois carregar nos pedais nas retas. Realmente ser um dia de chuva, eu acho que não ajudou muito, porque era um percurso que realmente nós todos demos o nosso melhor. É um campeonato olímpico, todos querem a medalha. Eu acredito que o risco estava nas curvas. E quem estava a lutar pelo top-3 teve que arriscar muito nas curvas. Aí é uma questão de sorte também.

E para a prova de estrada qual será a tática?

"Na verdade, ainda não vimos o percurso. Teremos quinta e sexta-feira, iremos fazer o reconhecimento. Mas não tem muita dureza. A dificuldade vai estar na quilometragem, no facto de ser um pelotão muito reduzido e as seleções mais potentes não trazem muitos corredores, apenas quatro corredores. Serão jogos algo abertos, sobretudo nos últimos quilómetros, e é aí que entra o jogo tático. Realmente o importante é ter umas boas sensações porque nem sempre estamos no melhor dia, mas esse é o objetivo principal, é ter boas pernas, ter boas sensações e estar no sítio certo".