Lorène Bazolo deixa Paris "com a cabeça bem levantada": «Podia e queria mais, mas não consegui»

Atleta portuguesa falhou, por pouco, as meias-finais dos 200 metros nos Jogos Olímpicos

• Foto: Lusa/EPA

A portuguesa Lorène Bazolo não conseguiu garantir, esta segunda-feira, o apuramento para as meias-finais dos 200 metros nos Jogos Olímpicos e, depois de terminar no 4.º lugar a sua série das repescagens, garantiu que sai de Paris "com a cabeça bem levantada", até por ter conseguido a melhor marca da época.

Sai de cabeça erguida com a sua melhor marca pessoal do ano? "Estou, primeiro, muito agradecida. Com a cabeça bem levantada não porque tinha muita fome, podia mais, queria mais, mas não consegui. Não vou ser ingrata, pelo menos saio daqui com o meu personal best e fico feliz".

Para o ano, há Mundiais em Tóquio? "Ainda não sei. Acho que a minha época ainda não acabou. Vou falar com o meu treinador e vamos tentar ver se tenho ‘meetings’ para fazer e vou ficar focada nisso. Mas fico grata por tudo".

Melhorou prova após prova, até a sua melhor marca do ano. Como é que explica isso? "Sim, porque eu queria muito. Sabia que podia muito mais do que isso. Tinha bons indicadores e estava muito contente. Tinha muita fome de correr mais rápido do que isso. Conseguir um 23’’ 08, não vou ser ingrata, estou grata, mas lá no fundo sei que consigo".

Mas foi complicado ou não correr três provas em três dias? "Para mim não foi complicado porque já estou acostumada. É verdade, quem está a ver são corridas, seguidas, mas já estou habituada e acho que não é por aí".

Três dias com este apoio. Como é que foi ter 70.000 pessoas por dia? "É fantástico. Só quem está lá em baixo é que sabe a sensação que nós temos, a adrenalina que nós sentimos e o que isso nos ajuda. É um apoio extra para nós, é fantástico".

Estes Jogos em Paris, como os situar na sua carreira? "Para mim, aqui é melhor ao nível de espectadores. Mas para mim, Rio fica sempre [como] os melhores jogos para mim, porque houve muita sensação ali, muita conquista e para mim fica sempre o melhor. Mas não descarto também Paris, foi fantástico. Queria mais em Paris e foi na mesma fantástico!".

Vamos fazer a pergunta. 2028: sim ou não? "Não quero responder a essa pergunta porque há três anos eu disse que não continuava mais, que Tóquio eram os meus últimos Jogos Olímpicos. Hoje estou em Paris e não quero arriscar mais".

Merlene Ottey foi até aos 44 anos, um recorde nos sprints. É uma inspiração para si? "É uma inspiração, é sim. O atletismo é uma paixão para mim, mas não tenho que também descartar que tenho, para além disso, outros objetivos, outras coisas para tentar conquistar. Vamos ver. Mas não sei mesmo. So Deus é que sabe o futuro. Vamos ver o que nos reserva o futuro. Não quero arriscar e dizer como há três anos que não, e vou estar se calhar".

Por Marco Martins
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