Artista covilhanense fez as gravuras dos cinco campeões olímpicos portugueses
O artista covilhanense Telmo Guerra fez as gravuras dos cinco campeões olímpicos portugueses e promete prestar atenção ao desempenho do canoísta Fernando Pimenta em Paris'2024, para o retratar com a medalha de ouro que lhe falta.
Telmo Guerra, de 50 anos, natural da vila do Tortosendo, na Covilhã, decidiu criar a primeira "porta dos olímpicos" com o rosto de Carlos Lopes, o primeiro português a subir ao lugar mais alto do pódio, "não apenas pela vitória", mas também para assinalar "o espírito de perseverança e determinação" e de essa "maratona histórica", que acompanhou pela televisão, ter sido "uma demonstração inspiradora".
Para oferecer a obra, em baixo-relevo, contactou o Comité Olímpico Português (COP), que encomendou as peças dos restantes campeões.
A de Carlos Lopes encontra-se em casa do atleta, tal como a do saltador Nelson Évora. A de Fernanda Ribeiro está exposta na Academia de Atletismo da fundista, a de Pedro Pichardo no centro de treinos em Setúbal e a da maratonista Rosa Mota ainda não foi entregue e encontra-se exposta no COP.
"É uma forma de honrar e reconhecer as contribuições significativas desses atletas ao país. Cada peça representa não apenas as suas conquistas desportivas, mas também os seus esforços, sacrifícios e a inspiração que proporcionam a todos nós", sublinhou, em declarações à agência Lusa, Telmo Guerra, emigrado na Suíça e por estes dias de regresso às origens, no distrito de Castelo Branco.
O artista começou aos 10 anos a fazer pintura com tinta acrílica, desenho a carvão e passou por outras técnicas, mas há vários anos que a forma de expressão que privilegiou foi a gravura.
"Faço principalmente gravura com rostos porque considero que a imagem de alguém tem mais capacidade de nos desassossegar, mas o que eu pretendo é combinar o rosto com elementos da cultura portuguesa, especialmente motivos da azulejaria portuguesa e a Cruz de Portugal", referiu o autor.
A utilização de portas para executar várias peças é uma metáfora, uma "abertura para novas possibilidades e desafios", explicou à Lusa.
"Uma porta representa esperança, oportunidades, novos começos e transformação", acrescentou Telmo Guerra. "Cada porta é uma representação artística das conquistas dos atletas, eternizando as suas histórias de superação e sucesso", pormenorizou.
O criador, com 12 obras expostas no Comité Olímpico Internacional (COI), na Suíça, e o único português agraciado pelo organismo com a Medalha Pierre de Coubertin, numa cerimónia realizada em junho, em que recebeu a distinção atribuída a apenas 45 pessoas.
Enquanto decorrem os Jogos Olímpicos, Telmo Guerra aguarda pela entrada em competição de Fernando Pimenta, na quarta-feira, nas eliminatórias de K1 1.000 metros, tendo em vista a final, marcada para sábado, para começar a trabalhar numa nova peça, com o rosto do limiano.
"Já prometi ao Fernando Pimenta fazer-lhe uma porta que pretendo entregar pessoalmente se ele conquistar o ouro olímpico. Acredito que este será o ano da sua consagração", frisou Telmo Guerra.
O artista destacou "a grandeza" do canoísta e considerou ser "ainda mais admirável" o limiano "treinar e viver longe dos centros urbanos".
"Fernando Pimenta representa o que há de melhor no desporto: talento, trabalho, humildade e uma inspiração constante. Fazer a porta olímpica dele seria uma honra especial, porque ele é um verdadeiro herói, forjado longe dos palcos habituais, mas brilhando com uma luz própria", enfatizou Telmo Guerra.
Outra prova a que o criador vai estar também atento é à maratona masculina, no sábado, quando entra em prova Samuel Barata, atleta da vizinha aldeia da Bouça, também na encosta da serra da Estrela.
Tribunal de Contas destaca "a ausência de derrapagens"
Pugilista uzbeque foi notificado sobre um "teste analítico adverso para metabólitos de metasterona"
Metais passarão por "processo de manufatura e aplicação de verniz protetor" para "garantir maior resistência"
É o segundo mais jovem de oito lusos a figurar nos 100 melhores
Lucas Pereira estava a almoçar com a sua equipa de arbitragem em Peniche
Defesa da Salernitana foi condenado por violência doméstica em 2021
Após mais de uma década de Alcochete, o treinador, de 36 anos, junta-se a Hugo Viana nos citizens
'Correctiv' explica que Kasia Lenhardt foi pressionada para não revelar pormenores da relação com o central alemão