Tiago Apolónia, Marcos Freitas e João Geraldo caíram diante do Brasil
Portugal disse adeus ao torneio de equipas de ténis de mesa ao primeiro duelo, ao cair diante do Brasil por 3-1. Após o desaire, discutido de forma titânica, Tiago Apolónia, Marcos Freitas e João Geraldo assumiram-se desapontados, mas deixaram claro que o mundo não acaba aqui e que continuarão a lutar pelos seus objetivos e pelos de Portugal.
TIAGO APOLÓNIA
P: O par foi decisivo ou não podemos agarrar por aí?
Tiago Apolónia: Não é querer agarrar ou não, mas contra uma equipa que tem um dos maiores jogadores do mundo, como é o Hugo Calderano, a margem de erro que nós temos é nula e confirmou-se, perdemos quer o par, quer o João com o Vitor Ishiy. Foram jogos bastante equilibrados, mas que talvez sentimos um pouco mais de pressão do que eles, ter de ganhar os restantes jogos quando o Hugo Calderano não estava a jogar. Mas foram extremamente equilibrados. Podia ter caído para nós, infelizmente caiu para eles, mas penso que fizemos um bom jogo, uma boa participação no mesmo.
P: Continua até 2028?
Tiago Apolónia: É um ciclo olímpico que se fecha. Obviamente, estamos agora, neste momento bastante desiludidos, mas obviamente era um dos nossos grandes objetivos conseguir fazer uma boa prova de equipas. Não o conseguimos, mas temos já outras provas importantes para dignificar Portugal, como o Campeonato da Europa do próximo ano, e o Campeonato do Mundo. Portanto, a partir de agora, é continuar a trabalhar da mesma maneira para que melhores resultados possam vir.
MARCOS FREITAS
P: O que podemos dizer desta saída aqui nos oitavos de final?
Marcos Freitas: É óbvio que estamos desiludidos. O nosso objetivo era passar esta ronda. Mas o Brasil esteve muito bem. O Brasil tem um jogador que é top mundial, tem outros dois que também são muito bons jogadores e hoje perdemos dois jogos por dois pontos na negra. Eu até acho que esses dois jogos perdemos, mas fizemos no total mais pontos do que eles. Mas realmente fizeram-nos esses dois pontos e foi isso que ditou este resultado.
P: O futuro passa por Los Angeles?
Marcos Freitas: Ainda não. Acabaram os Jogos Olímpicos, acabou o ciclo olímpico. Agora é recuperar. A Liga francesa começa dentro de um mês. Terei alguns dias para recuperar fisicamente, mentalmente e começar tudo outra vez. Representar o meu clube na liga francesa, na Liga dos Campeões, e continuar a representar Portugal nos torneios internacionais. Isto é só uma prova, não é o fim do mundo, e vamos continuar a tentar representar Portugal no mais alto nível.
JOÃO GERALDO
P: Este jogo acabou 3-1, mas foi muito renhido?
João Geraldo: Sim, eu penso que os jogos que iam definir realmente o encontro eram o par e o meu último jogo contra o Vitor. Acabaram por ser muito equilibrados e definiram-se em pequenos detalhes. Fomos infelizes no primeiro e eu também acabei por não conseguir aproveitar o ‘match-point’ que tive. O Vitor também esteve muito bem e o par deles também pressionou bastante. Por isso, parabéns ao Brasil e à equipa deles e desejamos toda a sorte.
P: Pode falar-nos de Hugo Calderano, que talvez ainda é pouco conhecido, mas que é um jogador de extrema qualidade?
João Geraldo: Sim, eu até já partilhei bastante tempo com ele, já fiz parte do mesmo clube e do mesmo centro de treino durante cinco anos. Por isso até tenho uma boa relação com ele. E ele demonstrou também na prova individual que está a lutar por medalhas. E realmente confirma-se que é um grande jogador.
P: 2028 para si, serão mais uns Jogos Olímpicos, ainda é jovem. Como é que se reconstrói depois de uns Jogos Olímpicos assim?
João Geraldo: Para mim foram os primeiros que realmente participei, por isso ainda estou a assimilar tudo o que aconteceu e a prova em si, a dimensão que é. E fora isso, eu estou motivado para continuar e para dar o meu melhor. E se eu tiver nível para representar a seleção, lá estarei.
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