Francisco Cabral raramente joga em singulares no circuito mundial, mas esta tarde foi chamado para participar nesta variante nos Jogos Olímpicos de Paris, para render mais uma baixa de última hora.

"Eu não estava, de todo, a pensar jogar nos singulares. Acabou por ser um grande bónus para a minha vinda aqui, que era de facto só a pensar nos pares, que é aquilo que é o objetivo. E este jogo acabou por servir, digamos assim, como uma adaptação às condições em Paris. Um jogo de singulares que já não fazia há muito tempo. Acabou por não ser muito desgastante porque, obviamente, o jogo não foi longo. Era um jogador do top 30 mundial, com um currículo enorme, nada comparado com o meu nível de singulares", confessou o jogador português, depois de perder diante do alemão Jan Lennard Struff por 6-2 e 6-2.

"Sabia que não ia ser um jogo em que eu tivesse grandes hipóteses de ganhar, mas era algo que pra puder desfrutar e aproveitar o facto de estar aqui. Era, tal como eu disse, um grande bónus. E sim, se calhar ao início, nos primeiros três/quatro jogos, estava um bocadinho nervoso por tentar me habituar e ambientar às dimensões do campo, porque acaba por ser um jogo completamente diferente. Mas acho que depois houve ali momentos em que consegui jogar uns bons pontos, obviamente não muito seguidos, porque também não estou habituado, mas sim, estou contente e satisfeito."

Ainda esta tarde Francisco Cabral ao lado de Nuno Borges vai jogar a primeira onde de pares ao lado dos irmãos  Tsitsipas.

Sobre a estreia olímpica disse: "É um orgulho imenso, um sonho completamente tornado realidade. A minha vida mudou muito rápido desde que eu mudei para a variante de pares e eu só posso estar feliz e agradecido por tudo o que tem acontecido.