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Ana Cabecinha: das lágrimas de dor ao sexto lugar final

• Foto: LUSA

Ana Cabecinha conseguiu esta sexta-feira, no Rio de Janeiro, a sua melhor participação olímpica, ao ser sexta nos 20 quilómetros marcha, mas o dia não começou muito bem para a marchadora do Clube Oriental do Pechão. É que, logo pela manhã, a portuguesa foi afetada por dores muito fortes, que a deixaram até em lágrimas.

"Estou felicíssima, por onde passo só digo que estou feliz. Mais um diploma olímpico. Ainda para mais depois do que se passou na câmara de chamada. Tive dores horríveis nas costas, foi muito difícil conseguir aquecer e preparar a competição. Tive momentos antes de entrar na câmara de chamada muito complicados mas consegui gerir toda esta adrenalina do que são os Jogos Olímpicos e consegui ultrapassar a dor. Acordei de manhã com umas dores horríveis na lombar e antes de entrar eu chorava de dores com o fisioterapeuta, querendo ultrapassar e que me retirassem um bocado a dor. Não consegui aquecer de forma adequada para a prova então parti um pouco a medo pelas costas mas… agora doem-me mas ainda há bocado não doeram e isso é que é importante e por isso estou feliz com o meu sexto lugar", começou por dizer Ana Cabecinha, que, mesmo assim, nunca pensou em desistir.

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"Isso nunca me ocorreu. Eu não conseguia aquecer antes mas durante a prova ia gerindo e quando aqueci fiquei bem e nunca me passou pela cabeça não estar na linha de partida, nem na de chegada, quanto mais", admitiu.

Na mira da portuguesa esteve sempre o ataque às medalhas, mas tal objetivo não foi possível. "Eu cheguei quase a elas. Quando descolei do grupo e depois voltei a colar aí sonhei que poderia ser possível. Pelo menos estar na frente e tentar lutar pelas medalhas. Não foi possível porque quando chegámos o grupo partiu completamente e então tentei gerir e lutar pelo melhor lugar possível. Quando a brasileira se chegou a mim eu tentei não descolar porque era melhor o sexto que o sétimo", explicou.

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"O meu objetivo era ser finalista, melhorar o lugar de Londres e Pequim e objetivo cumprido então estou muito feliz. Sou a segunda europeia. O ano passado também fui a segunda europeia, vou-me mantendo até ao dia que seja o meu dia e espero que continue nas finalistas. Não posso dizer quando vou chegar a uma medalha mas espero que o meu dia chegue porque já andam a fugir muitas vezes. Eu continuo atrás delas e tenho fé que algum dia vá ser o meu dia", frisou.

"Depois da época com altos e baixos que tive, conseguir treinar e depois alguma coisa que me impedia de competir a alto nível, claro que partimos sempre com receio. Mas numa competição como os jogos, com esta adrenalina, queremos é chegar, competir e lutar e estar neste ambiente maravilhoso", finalizou.

Por Lídia Paralta Gomes. Rio de Janeiro. Brasil
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