O velejador português Gustavo Lima, que esta sexta-feira terminou o dia no 18.º lugar da classe Laser, afirmou que o compatriota João Rodrigues, 11.º em RS:X, deixa um legado gigante para os mais novos.

"A carreira do João é arrepiante. Ele realmente foi um exemplo para todos nós. Deixa um legado muito, muito grande. Eu considero que o João fica acima de qualquer federação e qualquer clube, porque lutou, batalhou com o seu treinador durante estes anos todos", disse Gustavo Lima.

O atleta do Clube Naval de Cascais salientou que João Rodrigues disputou "sete Jogos Olímpicos". "Fazer cinco já é difícil, fazer sete é quase impossível. Ele conseguiu provar que nada é impossível e o mais engraçado é que ele sai daqui com uma grande dignidade. Ele tem imenso valor, porque ele poderia ter saído em 30.º da geral, mas sai perto da 'Medal Race', com 44 anos, ou seja sai competitivo", frisou Gustavo Lima.

De acordo com o representante português em Laser, João Rodrigues "deu tudo o que tem e o que não tem". "Acho que mais importante que os próprios resultados, é a atitude. O João provou aqui a toda a gente que é um guerreiro, que é português, que é madeirense. E o legado que ele deixa é gigante para os mais novos", afirmou.

Quanto à sua prestação, Gustavo Lima somou esta sexta-feira um 11.º lugar e um 28.º e segue em 18.º na geral: "Ia ser um dia incrível. Na primeira regata, venho de 20.º e acabo em 11.º. Faço uma recuperação brutal e abro completamente as possibilidades de entrar na 'Medal Race'".

"Precisava de fazer uma segunda boa regata. Na segunda largada, o vento baixa bastante, eu escolho o lado esquerdo, não consegui sair, fiquei sem vento, ali no meio, meio conservador. A regata não me saiu bem", contou.

Ainda assim, "a perspetiva é sempre a mesma, a atitude é sempre igual". "Vamos lutar até ao fim e continuo a sonhar que é possível entrar na 'Medal Race'", disse Gustavo Lima, que cumpre sábado mais duas regatas, a nona e a 10.ª e última antes da regata reservada aos 10 primeiros da geral.