Ana Cabecinha: «Tinha de acabar, nem que fosse para dedicar ao meu pai»

Marchadora portuguesa lembra que início do ano foi complicado e que até pensou não ir a Tóquio

20.ª nos 20 quilómetros marcha, Ana Cabecinha assumiu que esperava mais da sua prova, mas confessou que, depois do que viveu este ano, ter ido a Tóquio e terminado a sua participação foi já uma grande conquista. À RTP, a marchadora lusa de 37 anos confessou que sentiu quase a obrigação de finalizar a prova para dedicar ao seu pai, que morreu no mês de abril.

"Não era bem para este resultado que treinei. Mas foi um ano complicado... Tive Covid-19 em janeiro, a morte do meu pai em abril e chegar aqui... gerir as emoções foi muito complicado. Ter cabeça para vir foi cá muito difícil. Ponderei nem continuar a época, mas custou tanto este ano que tinha de fazê-lo e chegar ao fim, nem que fosse para dedicar ao meu pai. Foi para isso que aguentei estes meses, muito mal psicologicamente, mas o que importa foi cortar a linha de meta, concluí os meus quartos Jogos e estou felicíssima. Foi muito duro a nível psicológico, não tanto físico, porque fisicamente estou muito bem. Mas quando a cabeça não ajuda... Cheguei ao fim, não era o que queria, nem o que estavam à espera em casa, mas dei tudo de mim para cortar e chegar ao fim", declarou, em declarações prestadas pouco depois de cruzar a meta em Sapporo.

Por Fábio Lima
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