Patrícia Mamona de prata numa final histórica
Que emoção!
Patrícia Mamona tinha avisado na qualificação que se sentia capaz de bater o seu recorde nacional (que era de 14,66). E não só o fez - por três ocasiões! -, como chegou a uma medalha de prata com sabor a ouro (até porque a vencedora vem de outro 'planeta', uma tal de Yulimar Rojas, que pulverizou o recorde mundial).
O concurso foi a roçar a perfeição para a atleta do Sporting. Iniciou logo com um super novo recorde nacional (14,91) e daí em diante ganhou confiança para ir em busca de mais. Ana Peleteiro ainda assustou, tal como a ameaça da jamaicana Shanieka Rickets, mas havia mais na manga da saltadora portuguesa, sempre em modo de resposta ativo e nunca convencida do que fazia.
Ao terceiro salto, depois de ter feito 12,30 no segundo, fez um nulo, antes de acabar com chave de ouro. Ao quarto tocou o céu, superando a barreira histórica dos 15 metros (15,01). Um momento que muitas sonham, mas que poucas conseguem. Na Europa apenas 17 o alcançaram. Uma delas é portuguesa e chama-se Patrícia Mamona. Ao quinto, num salto claramente menos bom, conseguiu (imagine-se!) fazer igual ao seu recorde inicial anterior (14,66). A medalha de prata estava logo ali.
Chegou a última tentativa e a conta ia baixando consoante as adversárias iam saltando. Quando Rickets tentou e não melhorou, pelo menos o bronze estava feito. Quando Ana Peleteiro arriscou tudo e bateu o recorde de Espanha ainda se chegou a temer que a prata podia fugir, mas a espanhola ficou-se pelos 14,87.
A prata estava segura! Aí, totalmente sem pressão, Patrícia foi em busca de mais. Arriscou, fez um grande salto e tocou perto dos 15 metros. Ficou-se pelos 14,97 e por um segundo lamentou não ter voltado a quebrar os 15 metros. Até que explodiu em alegria, como todos os portugueses.
Depois disso, ainda mais um momento histórico, com aquela 'extraterrestre' que há pouco falámos a bater o recorde mundial, com uns inacreditáveis 15,67. A venezuelana é de outro Mundo, mas ainda bem a nossa Patrícia é a melhor deste.
Obrigado, Patrícia!
