Judoca diz que deu tudo o que tinha e não abre o jogo quanto ao futuro
Foi uma Telma Monteiro visivelmente emocionada que reagiu à RTP ao afastamento no torneio de -57kg de Tóquio'2020. Assumindo-se "triste", a judoca portuguesa assegurou que deu tudo o que tinha no combate com a polaca Julia Kowalczyk e revelou-se ainda grata por todo o apoio que foi recebendo.
"Triste, obviamante. O combate fisicamente foi muito exigente, fiz tudo o que estava ao meu alcance para conseguir ganhar, foi ao 'golden score', com seis minutos... E saí com a sensação de que dei tudo o que tinha para dar. Obviamente que estou triste, porque sempre que entro no tapete...", começou por dizer a judoca, antes de se emocionar por uma primeira vez.
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Questionada sobre as decisões do juiz, nomeadamente por conta de um waza-ari que terá ficado por marcar a seu favor, Telma desvalorizou. "Não gosto de pensar naquilo que não posso controlar. No que podia controlar, dei tudo que tinha. Para mim é sempre um orgulho representar Portugal e esta é a única maneira que sei lutar: dar tudo a acreditar que posso sempre estar no pódio. Quando entrei no tapete, desde que estou a treinar, não é dar tudo hoje, é dar tudo todos os dias. A minha mentalidade é sempre essa, sempre para conquistar. Infelizmente nem sempre é possível. O meu sonho e objetivo aqui era repetir o feito no Rio, estar novamente no pódio olímpico. Sabia da dificuldade que teria, mas enfrentei a competição com coragem, pois esta é única maneira de pisar o tapete, representar o país, a dar tudo, levantar a cabeça a acreditar que podemos chegar lá. Infelizmente hoje não foi possível, mas quero agradecer a todas as pessoas que acreditam em mim, não só hoje, mas sempre. Isso, apesar de estar muito triste, dá-me algum conforto"
E quanto ao futuro? Aos 35 anos, Telma ainda acredita que pode ir a Paris'2024, quando já tiver 38? "Primeiro de tudo sei que os portugueses não me exigem mais. Muito pelo contrário e apoiam! Sou eu quem exige a mim mesma dar mais. Não é pela exigência dos portugueses, porque dos portugueses não sinto isso. Sinto expectativa, sinto acreditar e sinto que querem que ganhe. E eu quero ganhar também! Quero retribuir, não sinto exigência, como uma coisa negativa. Podem continuar... não sei qual é o meu futuro, vou de férias e descansar, mas quando me voltarem a ver no tapete, se acontecer, podem exigir que eu ganhe, porque é isso que quero de mim. Isso que exijo de mim e só assim sei estar no tapete. É assim que sei representar Portugal. Quero agradecer por terem acreditado em mim, pela exigência no bom sentido. Para mim é sempre um orgulho representar Portugal. Sinto que dei tudo o que tinha. Infelizmente não foi possível, mas espero que fiquem orgulhosos da forma como represento sempre Portugal. Às vezes não é só ganhar, mas a forma como o fazemos, como lutamos. Hoje foi mais como eu lutei. Só tenho que agradecer, acho que é um momento triste, mas sinto muita gratidão por ter representado Portugal".
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