Bloquistas alertam para o facto de existirem "programas graves ao nível do relacionamento da FPJ com os atletas do projeto olímpico"
O BE pediu esta terça-feira a audição do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, do Instituto Português do Desporto e Juventude e dos judocas que escreveram uma carta aberta sobre os problemas entre a federação e os atletas.
Os requerimentos para estas audições foram hoje divulgados pelos bloquistas na sequência do conflito aberto entre sete judocas, seis que estiveram nos Jogos Olímpicos, e a Federação Portuguesa de Judo (FPJ).
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"Faltam menos de dois anos para os Jogos Olímpicos de Paris, e sucessivas notícias alertam para programas graves ao nível do relacionamento da Federação Portuguesa de Judo com os atletas do projeto olímpico", alertam.
Por isso, os bloquistas querem ouvir no parlamento o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, bem como Instituto Português do Desporto e Juventude e os subscritores da Carta Aberta de sete judocas portugueses do projeto olímpico.
O BE recorda que em agosto, "um grupo de judocas nacionais escreveu uma carta aberta onde denunciava publicamente o que chamou de 'clima insustentável e tóxico que envolve, neste momento, o Judo português' e apelaram 'à intervenção da Secretaria de Estado do Desporto, do Instituto Português do Desporto e Juventude e do Comité Olímpico de Portugal'".
"A carta reportava desde situações de relativas à retenção de verbas das suas bolsas olímpicas para despesas que deveriam ser da própria Federação, passando por desajustes no número e no funcionamento dos estágios, até situações de discriminação e de falta de respeito", relata.
Segundo os bloquistas, de acordo com novas informações vindas a público "o problema agravou-se ao nível da relação do presidente da Federação com os atletas", referindo-se à denuncia feita por Telma Monteiro de que a selecionadora Ana Hormigo foi demitida por email na passada segunda-feira, "sem a equipa ou a própria saber de forma antecipada" e na véspera da viagem para uma competição de apuramento olímpico.
O PSD já tinha esta tarde pedido a audição de João Paulo Correia sobre as divergências públicas entre atletas e a Federação Portuguesa de Judo, considerando que a situação tem "contornos muito graves".
Na segunda-feira, o secretário de Estado lamentou as divergências entre atletas e a Federação Portuguesa de Judo, considerando que há situações na modalidade que "têm de ser esclarecidas".
"Lamento que não tenha imperado o bom senso na modalidade, e face às acusações que são feitas por um conjunto de atletas relativamente à Federação, importa esclarecer algumas situações", disse João Paulo Correia, à margem de uma visita às instalações do Paços de Ferreira, clube da Liga Bwin.
O governante, que anteriormente já tinha mediado algumas divergências entre atletas e federação, disse "não poder fingir que não há um desentendimento grave na modalidade", mas acredita que "pode ser resolvido".
No verão, atletas como Telma Monteiro, Catarina Costa, Patrícia Sampaio, Rochele Nunes, Bárbara Timo, Anri Egutidze e Rodrigo Lopes escreveram uma carta, na qual acusavam o presidente de Federação Portuguesa de Judo, Jorge Fernandes, de opressão, discriminação e ameaças, lamentando o "clima insustentável e tóxico".
O dirigente federativo contrapôs, dizendo que os atletas têm direitos e deveres e não podem "denegrir a imagem das pessoas", recusando novamente as acusações que lhe foram feitas na carta aberta, lembrando que em relação às verbas do projeto olímpico "não existe dinheiro para tudo".
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