Carlos Sainz lançou a crítica e rapidamente o tema se tornou um dos mais falados no seio da Fórmula 1. Estará a Liberty - ou quem realiza as transmissões - a dar demasiado espaço mediático às namoradas dos pilotos durante os Grande Prémios? Kym Illman, um conceituado repórter que segue e comenta tudo o que acontece no Mundial, viu toda transmissão do GP de Singapura para perceber se as críticas têm razão de ser e partilhou os resultados.

"A partir do momento em que se apagaram as luzes até à bandeira de xadrez, a transmissão teve uma hora e 41 minutos. Durante esse período, quantas namoradas apareceram no ecrã? Cinco? Seis? Duas! A Rebecca Donaldson [namorada de Sainz] na box do Carlos, durante 8 segundos, e a namorada do Lando, Magui, por 7 segundos. São 15 segundos num total de 6060 segundos de transmissão. É 0,25% de toda a transmissão. É demasiado?", questiona Illman.

"Além disso, houve uma imagem da irmã do Lance [Stroll] e do seu marido Scotty James por 7 segundos. Houve ainda outros momentos em que mostraram algo fora da pista, no caso para mostrar Toto Wolff por 15 segundos, a equipa de boxes da McLaren seis vezes para um total de 36 segundos, e imagens únicas de Fred Vasseur, Bono, Peter Bayer e Andy Cowell, cada um deles por uns 7 segundos. Dá um total de 86 segundos, pouco mais de um por cento".

"E quanto ao pós-corrida? A história aí é diferente. A namorada do George, Carmen, dominou. Apareceu no ecrã cinco vezes para um total de 31 segundos e a Magui apareceu por 3 segundos. Curiosamente, o plano mais longo das namoradas foi da Carmen no parc ferme. (...) O George não teve qualquer familiar na corrida, por isso a Carmen era a única amiga ou família a quem o diretor de transmissão podiam ligá-lo."

Ainda assim, Illman concorda com a argumentação de Carlos Sainz. "A única coisa que acho importante no comentário do Carlos é o facto da cobertura da F1 não ter mostrado as batalhas importantes. Perderam a luta entre o Alonso e o Hamilton, que acabou por ser uma das mais interessantes, tendo em conta o facto do Lewis não ter travões naquelas duas voltas finais."