Na chegada a Portugal, e numa longa conferência de imprensa, Miguel Oliveira assumiu ter ficado surpreendido com a quantidade de mensagens de felicitações que recebeu após a vitória no Grande Prémio de Estíria em MotoGP e explicou ainda o porquê de ter festejado, em pleno pódio, com a língua de fora. Um gesto à primeira vista 'inocente', mas que tem uma justificação na alcunha que lhe dão no paddock do principal campeonato de velocidade do Mundo.
"Já me chamaram de Einstein no paddock e achei engraçado fazer esse paralelismo. Sempre fui conhecido por ser uma pessoa que é bastante cautelosa, não sou um piloto que guia apenas com o coração, tenho sempre muito raciocínio, talvez venha daí essa alcunha que me coloca algum peso. Acho que me assentou bem, não sei!", atirou entre risos o piloto de Almada, que em seguida assumiu ver como natural o cada vez maior respeito que tem por parte dos seus adversários: "A atenção, cuidado e estudo agora é redobrado. Mas é algo natural. Acho que vivemos numa época onde o respeito entre pilotos é regular. E eu gosto de ser um piloto respeitado em pista, mas é algo que se ganha por mérito", frisou.
Passando às mensagens de felicitações, Miguel Oliveira não consegue escolher uma mais especial, mas diz que ficou surpreendido com a dimensão do seu feito. "Todos são especiais, por diversos motivos. Recebi parabéns de diversas pessoas de várias áreas e, por isso, daí sentir-me tão grato, por não ter a noção que tanta gente viu e vibrou com a prova".
E quanto aos adversários, todos ficaram satisfeitos por vê-lo triunfar? "No geral acho que todos ficaram contente por ter sido eu a ganhar. Excluíndo um ou outro, mas acho normal", disse, entre risos.
Por fim, Miguel Oliveira assumiu que o sucedido na semana anterior, também em Spielberg, o deixou marcado e serviu como motivação para este sucesso. "Não é fácil, mas ao mesmo tempo existe um grande trabalho que é feito. Começando pela equipa, pelo ambiente que é de querermos a desforra. Já toda a equipa pressentia que o bom resultado ia chegar. O que se passou foi frustrante, mas foi um incidente de corrida. Podia ter sido evitado, mas isso não entra em discussão. Ir de um ponto baixo para um ponto tão explica-se com o facto de acreditarmos e continuarmos a trabalhar"