«Foi mais um murro na cara»: chefe de Miguel Oliveira e a ausência do português na Argentina

Chefe da Cryptodata RNF não cala revolta e pede mais ação

• Foto: RNF/Aprilia
Convidado desta semana do podcast do MotoGP, agora "mais calmo", o chefe da equipa de Miguel Oliveira revisitou o que sentiu na segunda-feira, quando soube que o piloto português não poderia participar no Grande Prémio da Argentina, por conta das lesões sofridas em Portimão após o acidente com Marc Márquez.

"Depois das notícias que recebemos, num momento em que íamos para Lisboa, para depois ir para Buenos Aires... O Paulo ligou-me e disse que o Miguel tinha sido declarado inapto após o exame, que a lesão era bastante prejudicial Foi mais um murro na cara, outro desapontamento, outro momento de frustração. Sentimos pena pelo Miguel, porque quando vemos a repetição percebemos que foi um choque grande", lembrou Razlan Razali, fundador e chefe da Cryptodata RNF.

Depois da notícia da ausência de Miguel Oliveira, a equipa malaia lançou um comunicado bastante forte, que Razlan Razali justificou pela necessidade de algo mudar. "Tínhamos de fazer aquele comunicado, porque este tipo de condução irresponsável tem de ser tratado de uma forma mais séria. Falámos com a FIM e esperava que houvesse uma postura mais proativa por parte dos stewards, para se sentarem com todos e tentar fazer o que fosse preciso para discutir a situação. Isto não pode continuar assim. Numa era moderna do MotoGP, com motos mais rápidas, as pistas são iguais, os pilotos estão mais rápidos, mais malucos... Os stewards têm de se sentar e discutir as coisas para melhorar, com transparência, falar com todos e não andar com estes encontros secretos".

O malaio aproveitou ainda para, de certa forma, questionar a opção da Honda em apelar a mudança na punição, ainda que considere que os japoneses estão no seu direito. "As ações dos stewards no domingo falam por si. Devia ter-se lidado com isto de outra forma. Temos dados de outros momentos no passado. Para a Honda e o Marquez o que importa é olhar para as palavras. Têm todo o direito de recorrer. Mas vamos agora para um processo de recurso, bla bla bla... Quando é que isto vai acabar? Isto não vai servir para melhorar nada, para mudar a situação. Depois disto, o que vai acontecer?", questionou.

Para Razali a solução é simples: "Temos de nos sentar e falar. Encarar isto e não apenas varrer para baixo do tapete e esperar que aconteça de novo".

Só estava a desejar um pódio... para cada um

Na mesma conversa, Razlan Razali mostrou-se naturalmente satisfeito com o andamento que Miguel Oliveira evidenciou no Grande Prémio de Portugal (enquanto durou...), confessando que, antes de iniciar a época, o objetivo da equipa era conseguir que pelo menos os dois pilotos conseguissem um pódio na temporada. "Era o mínimo que queríamos. Era o nosso objetivo e a nossa melhor chance era no Grande Prémio do Miguel Oliveira. Era a melhor chance. Estávamos entusiasmados, os adeptos também. Tudo bom e depois... baaam! Na terceira volta...".
Por Fábio Lima
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