Chefe da Yamaha aponta o dedo ao espanhol, por ter ido na roda de Viñales na qualificação
"Parece que Márquez está a melhorar cada vez mais, porque começa a comportar-se como antes. Desta vez fez algo que não devia ter feito. Não quero dizer tudo o que gostaria, mas espero que a Direção de Corrida faça algo porque, do meu ponto de vista, o que fez não é justo". Foi desta forma que Massimo Meregalli, chefe da equipa Yamaha, comentou um dos momentos mais polémicos da qualificação para o Grande Prémio de Itália de MotoGP, quando Marc Márquez fixou uma volta rápida depois de ir sempre a 'reboque' de Maverick Viñales. Para agravar a polémica, Viñales fixou-se pela Q1 e Márquez chegou à Q2, ainda que no final tenha apenas sido o 11.º mais rápido.
Não se tratando de um movimento proibido, a verdade é que não é algo que seja visto como uma atitude desportiva e Márquez nem é novato nestas polémicas. Já o havia feito em Portimão, na altura à boleia de Joan Mir, que este sábado comentou toda a situação de forma curiosa. "É sempre uma situação divertida de ver do lado de fora, mas quando estás lá dentro, a ser seguido por outro piloto, não é lá muito bonito. Digamos assim... O que vi desde fora é que o Marc adora entrar em jogos e o Maverick odeia isso. Foi isso que vi. Nesta situação não podes fazer outra coisa que não seja o teu trabalho. É difícil, mas é assim", disse o campeão do Mundo, que em Portimão tinha sido bem mais... bombástico.
Já Maverick Viñales, que na pista demonstrou a sua insatisfação, foi bem mais tranquilo nas palavras. "Estava suficientemente concentrado. Não me senti incomodado. Sabia que o Marc estava atrás, mas também que se fizesse uma volta boa iria à Q2. Ele fez a sua estratégia e correu-lhe bem. Amanhã é outra história", explicou o espanhol da Yamaha, que sairá de 13.º.
Quem também não deixou de falar da situação foi Valentino Rossi, numa declaração bem ao seu estilo. Comentou... sem comentar. "O que pensas tu?", perguntou o italiano a um jornalista que o tinha questionado sobre o tema. O repórter em causa disse, então, que considerava que era algo permitido mas não muito desportivo, algo que Rossi 'aprovou'. "Sim. Nós também vimos o mesmo que vocês. É assim, não é uma novidade. Sabem o que penso, por isso não quero acrescentar nada".
E quanto ao próprio Márquez, revelou até a conversa que teve com o compatriota após a situação e explicou por que o fez. "Encontrei o Maverick na sala onde estão as televisões. Disse-lhe 'entendo-te. Peço desculpa. Entro como te sentes, porque já me senti assim no passado, mas era a única maneira de poder fazer alguma coisa'. Fazer algo era um décimo lugar, sem fazer loucuras. Gostava de estar noutra situação, de estar mais à frente e que fossem eles a seguir-me. Mas sabia que tenho as minhas limitações, que a única maneira de ir um pouco mais rápido era seguindo outro piloto. Vi a lista antes de sair e o mais rápido era ele. Escolhi-o, mas podia ser outro", assumiu o espanhol da Honda. "É verdade que foi algo dentro das regras, muito ao limite, não é bonito e muito menos gosto de o fazer, mas quando estás a sofrer procuras sempre maneira de chegar ao máximo. E hoje o máximo significava essa estratégia", concluiu.
No domingo, na corrida do GP de Itália, é bem provável que ambos se voltem a encontrar nas curvas de Mugello, já que Márquez partirá de 11.º e Maverick duas posições abaixo... Tudo isto numa prova na qual Miguel Oliveira sairá mais na frente, na sétima posição da grelha, e que poderá seguir em direto no site de Record.
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