Marc Márquez responde a Joan Mir: «Tinha de fazer pela vida...»

Piloto espanhol assume ainda que não sabe se conseguirá aguentar toda a prova no domingo

Márquez, aqui com Alex Rins, explicou as suas ações
Márquez, aqui com Alex Rins, explicou as suas ações • Foto: EPA

Joan Mir criticou Marc Márquez após a qualificação para o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, por conta do facto do seu compatriota ter apanhado a sua boleia depois de alegadamente o 'travar' numa volta rápida, e não demorou muito a ter resposta. De regresso ao Mundial depois de uma paragem longa por lesão, Márquez assumiu a sua postura de tentar seguir na roda do campeão na Q1, explicou que é algo que precisa nesta fase, mas que em momento algum foi lento ao ponto de ter condicionado a rapidez de uma volta lançada do seu compatriota.

"Bem, em nenhum algum abrandei o ritmo mais do que o normal. Creio que a volta mais lenta que fiz na Q1 terá sido só uns dois ou três segundos mais lenta do que o normal e no final fiz pela vida. Era isso que tinha de fazer. Não é uma questão de se dever fazer ou que irrite o piloto a quem o fazes, mas já me fizeram o mesmo muitas vezes quando estava em forma. Agora sou eu quem precisa. Fiz todo o fim de semana sozinho, a puxar sozinho, e na Q1 senti necessidade de saber onde estava a perder e seguir outra moto. Escolhi o campeão do Mundo, que era o que estava a pilotar melhor na Q1. Podia ter escolhido o meu irmão, que se teria calado, mas escolhi o melhor. Saí das boxes, encontramo-nos e fi-lo. Depois passou-se algo similar com o Rins, mas nem o segui de tão perto, até porque não me ia ajudar assim tanto. Fiz 1.39,4. Bem, é motociclismo e tens que fazer pela vida quando voltas de lesão após nove meses e estás numa pista a tentar aprender sobre cada canto", declarou o espanhol, que no domingo sairá de sexto, após ter feito 1.39,121 minutos como volta mais rápida na Q2.

Por outro lado, Márquez abordou ainda a sua condição física e assumiu sentir-se pior do que na sexta-feira, algo que espera que se agrave ainda mais no domingo. "O corpo adapta-se, mas no braço acaba por se notar. O importante é que na zona da fratura não tenho dor, pois sinto-a mais na zona dos dedos, no antebraços, no cotovelo... Mas é algo normal, pois há muito tempo que não fazia estes movimentos, daí estar a sofrer um pouco mais", confessou o catalão.

No domingo a história será outra, com 25 voltas ao traçado de Portimão no limite, e Márquez assume não saber se irá aguentar. "Não sei, não sei se conseguirei aguentar, são 25 voltas... Creio que sim, mas o máximo que fiz foram seis voltas seguidas e se o antebraço se ressentir e esta sensação no cotovelo continua... Espero não ter de parar nas boxes, mas estamos em processo de reabilitação e nesta fase acontecem coisas imprevistas. Tentaremos sair com calma e não dar tudo no início para acabar a prova", explicou o espanhol, que a finalizar partilhou a conversa que teve com os cirurgiões que o operaram: "Estão contentes, mas perguntaram-me se é preciso e necessário ir tão rápido (risos). Disse-lhes que as coisas estão a sair bem, mas eles não conhecem bem este mundo e o importante, e aquilo que eles priorizam, é saber se há dores na zona da fratura. E aí estou bem".

Por Record
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