Miguel Oliveira revela o que disse dentro do capacete ao cortar a meta no GP Estíria

Português da Red Bull KTM Tech3 vive ainda as emoções do triunfo no GP Estíria

Ainda a viver as emoções do triunfo no GP Estíria, Miguel Oliveira esteve esta manhã na Rádio Comercial onde, numa conversa descontraída, contou o que lhe passou pela cabeça quando viu a bandeira xadrez. "Estava a chorar e dizia 'não acredito, não acredito'. Assim que me apercebi que estava sozinho, comecei a chorar. É muita emoção, é normal. Era um sonho de infância ganhar uma corrida no Mundial de MotoGP", contou o piloto da Red Bull KTM Tech3.

A emoção da vitória foi partilhada pela equipa - "somos 35 pessoas, metade para mim, metade para o meu companheiro de equipa" - e pela família. "O meu pai é o grande impulsionador da minha carreira; já a minha mãe e a minha namorada sofrem muito."

E como foi acordar no dia seguinte? "Nessa manhã falei com o meu pai, disse-lhe que não tinha conseguido dormir muito bem, foi um sonho que vivi acordado. Se o dia voltasse para trás e aquilo se repetisse, julgo que não o tinha vivido de forma tão emocionante. Foi um dia de sonho."

Miguel revelou depois como encontrou uma bandeira de Portugal no circuito austríaco. "Foi um português que estava a fazer comissariado na pista. Fiquei incrédulo como é que havia ali uma bandeira. Quando lá chego ouço-o falar em português. Deu-me um cartão com o número dele, que entretanto voou..."

Motos diferentes

O piloto, único português a competir no Mundial de velocidade, explicou também que as motos no MotoGP não são iguais. "Hoje em dia, apesar de as motos estarem cada vez mais próximas umas das outras, há muita diferença, a filosofia de construção é diferente. O chassis, o motor... A estratégia do piloto faz diferença, muito mais do que na Fórmula 1. Mesmo dentro da KTM há diferença entre a minha mota e a de fábrica", considerou, adiantando: "Ao nível de material as motos são as mesmas, mas ao nível humano a KTM factory tem mais gente, a equipa são umas 50 pessoas enquanto que nós somos 35."

Por isso foi bom ganhar à moto de fábrica? "Deu um certo gozo porque não se espera que seja esta equipa a ganhar", reconheceu o português, que na próxima época vai competir pela KTM Factory.

A seguir explicou a diferença entre competir no MotoGP e nas outras categorias: "No MotoGP temos muito mais ferramentas para trabalhar, temos um engenheiro perto de nós, vamos à fábrica dar feed back da moto. Já falei com quem desenha o chassis, a comunicação é muito direta e é isso que gosto na KTM, não temos intermediários. A KTM chegou, investiu, viu o potencial e venceu."

Por Record
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