O português Miguel Oliveira vai experimentar um novo assento e um novo chassis para a sua KTM RC16 nos testes que as equipas de MotoGP realizam na segunda-feira, no circuito espanhol de Jerez de la Frontera.

"Uma mota que funcione em Jerez dará para funcionar nos restantes circuitos da Europa. Vamos tentar encontrar a melhor afinação possível", frisou o piloto português, que espera encontrar a rapidez e o equilíbrio perdidos na quarta ronda do Mundial de MotoGP, que se disputou este domingo e em que terminou na 18.ª posição.

"O plano é darmos prioridade a testar a algumas peças novas, nomeadamente o assento, que a equipa de fábrica já tem desde o início da temporada. Também vamos tratar da geometria da mota e testar o chassis novo que temos desde sexta-feira e que a 'factory team' tinha desde o início da temporada", explicou o piloto de Almada, após a corrida de hoje.

"Todos os testes são importantes quando se tem material novo. O que recebemos tem muito potencial", acredita Miguel Oliveira, que procura melhorar a rapidez para as sessões de qualificação.

"Vamos fazer o possível para pelo menos sermos mais rápidos a uma volta", frisou. Quanto ao novo banco, "é diferente no peso e muda um pouco o centro de gravidade" da mota, explicou o português à agência Lusa.

"Ainda temos de perceber as diferenças daquilo que já temos para o que vamos experimentar. Somos uma equipa com uma mente muito aberta, experimentamos coisas que a 'factory team' não está disposta a experimentar, a nível de afinações", revelou.

O objetivo deste dia de ensaios é fazer com que o desempenho das motas da Tech3 se aproxime do desempenho das motas da equipa de fábrica, precisou o português.

O diretor da equipa, o francês Hervé Poncharal, acredita que na próxima prova, em Le Mans, a 19 de maio, "a mota estará um pouco melhor". "Queremos reassegurar à KTM que estamos cá para trabalhar e não queremos andar na cauda do pelotão. Por isso, seguimos por diante, trabalhando e acreditando", concluiu.

Após quatro provas disputadas, Miguel Oliveira é 17.º classificado do Mundial de MotoGP, com sete pontos.