Patrão de Miguel Oliveira ambicioso: «Queremos motos de 2024 e não vamos fazer as coisas de forma barata»

Justin Marks deixou claro que já fez o pedido à Aprilia

A Trackhouse pode entrar no MotoGP como equipa satélite, mas está apostada em deixar uma marca bem forte. A garantia foi deixada esta semana por Justin Marks, o dono da equipa, em declarações à revista 'Speedweek', numa conversa na qual deixou claro que o dinheiro não será problema. E a ideia é clara: dar a Miguel Oliveira e Raul Fernandez as melhores máquinas possíveis, nomeadamente as mesmas RS-GP que a formação principal.

A entrada no MotoGP pode ter surgido de forma surpreendente, mas a verdade é que Marks há muito que se diz de olho nas duas rodas. "Gosto de motos há uns 20 anos. Cresci a ver eventos do AMA [campeonato de motocrosse norte-americano]. Este ano começámos a pensar de que forma podíamos crescer enquanto marca e expandir-nos. Chegámos à conclusão de que seria importante participar num campeonato global. Por isso viajei para a Áustria por altura do Grande Prémio, para ver o evento e aprender sobre o MotoGP. Fiquei maravilhado. Conheci as pessoas da Dorna, alguns pilotos e diretores. Assim que percebi o modelo de negócio, comecei de imediato a tentar entender como podia entrar. Uma semana depois começámos a falar com a Dorna. Queria saber quais as condições que eram necessárias", partilhou o empresário, que disse ter visto uma porta a abrir-se quando surgiram os primeiros problemas na RNF.

Dali em diante "tudo aconteceu muito rápido", até que se iniciaram conversas com a Aprilia e tudo ficou fechado. "Tivemos várias reuniões por Zoom. Disse ao Massimo Rivola 'não temos tempo para construir uma nova equipa. Se vamos fazer este investimento e nos olharmos como verdadeiros parceiros, todos podem beneficiar. Um projeto como este pode levar a Aprilia para um nível superior'. O Massimo e todo o grupo Piaggio ficaram muito motivados. O que nos ajudou foi também a Aprilia ter facilitado as coisas para começarmos logo a trabalhar".

Marks deixa claro que não teve "nada a ver com o que se passou com a anterior equipa". "Apenas esperámos e dissemos 'se houver duas vagas, nós ficamos com elas'. De repente vimos que havia dois pilotos, um grupo de mecânicos e pessoas que não tinham casa. Pensamos: 'por que não trabalham para nós?' E foi assim que conseguimso que toda a equipa viesse para a Trackhouse Racing. Tivemos sorte de ter surgido esta oportunidade".

Uma oportunidade que a Trackhouse quer aproveitar sem olhar a gastos. "Não queremos começar com um orçamento curto. Estou a pressionar para termos material de 2024. Quero que os nossos pilotos tenham o mesmo material que o Maverick e o Aleix. Isso ajudaria todo o esforço da Aprilia. Não queremos fazer as coisas de forma barata. Queremos causa uma boa impressão, ser uma equipa cliente forte e trabalhar em conjunto com a fábrica. Queremos que vá tudo por esse caminho. Noutras circunstâncias não nos quereríamos envolver de todo. Mas se decidimos fazer um investimento financeiro aqui, queremos tirar partido dessa oportunidade. Se fizermos as coisas bem e estivermos a par da equipa, isso pode ajudar todos, desde patrocinadores a parceiros".

Por Fábio Lima
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