Armindo Araújo no final do Rali de Portugal: «Não vivemos apenas de futebol»

Piloto de Santo Tirso foi o melhor português da prova pela 13.ª vez na sua carreira

• Foto: Hélder Gomes

Armindo Araújo terminou o Rali de Portugal como melhor piloto português, o que sucede pela 13.ª vez na sua carreira, a 6.ª de forma consecutiva. Na sexta-feira, recorde, fechou as contas referentes ao Campeonato de Portugal de Ralis no 3.º posto.

"Foi uma prova muito interessante, bem organizada pelo ACP, com os pisos muito bons, até melhores do que estávamos à espera. Sabemos que para correr num Rali de Portugal é preciso ter uma estratégia diferente, abordar a corrida numa toada de 'endurance', sabendo que não se ganha nada no primeiro dia, mas pode-se perder muito. Estivemos muito focados na nossa experiência e atingimos o objetivo de ser os melhores portugueses do rali pela 13.ª vez, e pela sexta vez consecutiva. Tenho muito orgulho nisso, porque lutamos muito para este êxito", começou por dizer.

O piloto de Santo Tirso salientou o apoio forte do público ao longo de toda a competição. "É excelente sentir o apoio do nosso público. Temos uma grande paixão pelos automóveis e isso viu-se isso no norte e no centro do país. Não vivemos apenas de futebol. Este é um desporto em que o público adere em massa, mesmo com condições climatéricas adversas", afirmou.

Quanto às contas do CPR, Armindo Araújo espera subir o nível, após ter sido 3.º no Rali de Portugal e mantido o 2.º lugar do campeonato, atrás de Kris Meeke, que venceu as quatro provas disputadas. "Foi um resultado importante, fizemos um 3.º lugar para o campeonato nacional onde estamos constantemente a fazer pódios. Queremos agora vencer", atirou, recuperando as críticas que já tinha afirmado antes da prova.

"Nós nos ralis somos obrigados a fazer uma inscrição no campeonato para sermos campeões nacionais. Ter o Meeke a correr cá é bom para notoriedade no campeonato, mas ele inscreve-se para ser campeão nacional, quando não pode? Isso é um contra-senso, pois não cumpre as premissas para aquilo que se inscreveu. A Federação deixa-o fazer a inscrição sabendo que ele não pode ser campeão. Corremos o risco de no final do ano Portugal não ter um campeão nacional. Acho que não é o melhor para a nossa modalidade", atirou ainda.

Por Record com Lusa
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