Número de postos de carregamento público precisa de ser multiplicado por oito até 2030
O último relatório da Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA), publicado no final de abril, é esclarecedor quanto aos desafios que a ‘mobilidade verde’ e a redução de emissões ainda têm pela frente. A rede pública de postos públicos de carregamento na União Europeia precisa de ser multiplicada por oito (!) até ao final de 2030.
O crescimento das vendas de automóveis elétricos (EV) segue em velocidade cruzeiro - são esperadas vendas de 17 milhões de novas unidades a nível global durante o ano de 2024 -, mas os sinais de abrandamento começam a surgir. Os construtores apontam a questão da rede pública como um óbice que os governos têm de resolver. Isto, claro, tendo no horizonte a meta que a própria União Europeia estabeleceu para 2035 - terminar a venda de veículos novos com motor de combustão (ICE).
A Agência Internacional de Energia (IEA) assinalava, também num relatório datado do final de abril, o mesmo problema da (falta de) massificação dos postos de carregamento. E apontava que a oferta atual tem de ser multiplicada por seis até 2035.
Esta questão da rede pública, por enquanto de malha muito larga, tem outro ponto importante e que é da responsabilidade dos governos: como aumentar exponencialmente os pedidos de fornecimento à rede sem colocar em causa o próprio fornecimento de energia elétrica.
Por outro lado, a diferença de custos entre um EV e um ICE é ainda muito grande e também está na base de alguma desaceleração nas vendas - provocada igualmente pelo fim de incentivos fiscais em países como a Alemanha. A evolução da tecnologia; as denominadas ‘gigafábricas’ em construção na Europa; ou a eficácia das baterias são pontos que vão ajudar à baixa de preços. Mas a ‘décalage’ ainda é enorme. A própria IEA sublinhava diferenças de 50% no preço entre um EV e um ICE.
Factos e Números
- Em 2030, um em cada três carros a circular na China será elétrico
- Em 2030, um em cada cinco carros a circular na União Europeia será elétrico
- A projeção global aponta para 17 milhões de novos elétricos vendidos a nível global em 2024. No ano passado foram 14 milhões
- A China será responsável por 10 milhões de novos elétricos em 2024
- Em 2035, e de acordo com as perspectivas de evolução de vendas de modelos elétricos, China e Europa, em conjunto, vão reduzir a procura de barris de petróleo em 12 milhões/dia
EV já valem 16 por cento
As vendas de ligeiros de passageiros 100 por cento elétricos novos atingiram a quota dos 16 por cento nos primeiros quatro meses do ano em Portugal. Os dados revelados pela ACAP indicam um total de 12.247 unidades vendidas entre janeiro e o final de abril.
Os automóveis a gasolina representam 40,6 por cento; o gasóleo já só ‘vale’ 8,1 por cento e a soma dos híbridos e híbridos plug-in entra nos 27,3 por cento. A solução gasolina+GPL, que continua a ser forte aposta da Dacia, significou até final de abril um total de 6.015 unidades vendidas.
Tal como em meses anteriores, a Tesla fechou abril na liderança deste ‘campeonato’ muito específico, com 451 unidades. No ‘top ten’ (ver quadro), referência para a 7ª posição da BYD e para a presença de quatro marcas ‘premium’ - BMW (2ª); Volvo (3º) Mercedes-Benz (5º) e Audi (10ª).
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