Toyota bZ4X marca um novo capítulo

Primeiro modelo 100% elétrico da marca japonesa tem configuração SUV e autonomia de 500 Kms

A experiência da Toyota na eletrificação tem muitos anos – o primeiro híbrido, o Prius, foi lançado em 1997 -, mas só agora a marca japonesa abre novo capítulo ao avançar para a estreia nos modelos 100 por cento elétricos. A responsabilidade deste início de ‘aventura’ coube ao bZ4X, um SUV do segmento D que já está disponível em Portugal.

A escolha do nome para o novo modelo pode surpreender, mas a Toyota decidiu que esta sub-marca iria chamar-se simplesmente ‘bZ’. Trata-se de acrónimo para a expressão "beyond zero" (emissões zero, em tradução livre), à qual foi acrescentado o algarismo 4 (para classificar o segmento D) e o mais conhecido ‘X’ – que distingue a configuração SUV/Crossover.

Explicada a designação, vamos à proposta da Toyota para este primeiro ‘elétrico puro’. O bZ4X utiliza plataforma dedicada – apenas para modelos elétricos – e é servido por motor com 204 cv de potência, apoiado por bateria de 71,4 kWh de capacidade. Mais tarde, vai estar disponível versão com dois motores (um por eixo) e potência combinada de 218 cv. A autonomia pode variar entre os 442 e os 511 quilómetros, dependendo do nível de equipamento.

O bZ4X tem 4,69 metros de comprimento (é mais comprido 90mm em relação ao RAV4) e afirma-se por exercício de ‘design’ com algumas ousadias – face à habitual contenção da marca. O resultado acentua personalidade robusta, com linhas esculpidas e até, podemos dizê-lo, inspiração na… Lexus.

O interior é dominado pela solução encontrada para o painel de instrumentos digital – praticamente ‘colado’ ao vidro dianteiro – a servir de fundo para um espaço que, no futuro (2024), terá volante distinto (OMG) para lidar com direção sem ligação física às rodas. Um ecrã tátil de 12,3 polegadas pontua de forma impressiva ‘tablier’ e consola central. Os bancos têm bom apoio lateral e o espaço atrás está de acordo com modelo do segmento D.

O ‘test-drive’ – autoestrada e cidade – permitiu perceber que os consumos anunciados (14,9 kWh/100 km) estão próximos da realidade. E mostrou que o primeiro elétrico ‘puro’ da Toyota tem argumentos para um ‘combate’ cada vez mais aguerrido e cheio de rivais.

Por Paulo Renato Soares
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