Camião ainda foi levantado por um rival, mas um problema no turbo impediu que prosseguisse
Terminou o Libya Rally para Elisabete Jacinto. A piloto viu-se forçada a abandonar a prova depois desta segunda-feira ter passado mais de 10 horas parada no deserto, na região de Mhamid, depois de tombar o camião quando subia uma duna. Este ainda foi levantado por um rival, mas um problema no turbo impediu que prosseguisse.
Curiosamente, foi Martin Van Den Brink, o holandês que protagonizou um incidente com Jacinto na etapa inaugural, quem ajudou a colocar o camião da portuguesa de pé, evitando assim que a equipa lusa requisitasse ajuda, o que a levaria de imediato a perder a etapa. Contudo, a piloto da Oleoban acabou mesmo por pedir assistência técnica.
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Na véspera, o organizador Gert Duson tinha alertado para os perigos da quarta tirada, com 202 quilómetros, nomeadamente as chamadas dunas quebradas, que no ano passado foram palco de vários acidentes, tendo um deles provocado a morte de um piloto britânico.
"Não me assustei. Não foi um erro de amador, mas sim de quem quer competir, e por isso não fiquei chateada", frisou Elisabete a Record.
A organização dispõe de meios para rebocar o camião, mas estes só estariam disponíveis no final da tirada, dado que todos os outros veículos têm prioridade de assistência em relação aos camiões. Com muitos pilotos com problemas, a assistência a Jacinto poderia demorar várias horas e até mesmo chegar apenas no dia seguinte. Assim, a equipa Oleoban decidiu partir ao encontro do camião com a ajuda de um habitante local. Na bagagem levou água e comida, além dos componentes necessários à reparação, e a Elisabete restou esperar.
"O tempo foi passando. Quando estava na hora de eles chegarem, subimos ao alto das dunas à procura. Andámos de um lado para o outro", explicou, afirmando que, apesar do dia inteiro passado no deserto, "ninguém teve fome": "Apenas fomos despejando garrafas de água".
Com a ajuda chegada do acampamento, o mecânico conseguiu mesmo colocar o camião a trabalhar e Elisabete chegou a Mhamid às 21 horas, quando já se ouvia o ‘briefing’ da etapa de hoje. Com o motor por avaliar, a desistência da prova foi o único caminho a seguir: "Tenho aprendido a ganhar equilíbrio. Fiquei contente por ter ganho a terceira etapa, mas pensei que no dia seguinte ia haver qualquer coisa".
Hoje começa uma nova aventura para a equipa, que vai ter de conduzir até casa. Os planos passam por recuperar o camião nos próximos meses, tendo já em vista a participação na próxima edição da Africa Eco Race.
O holandês, aos comandos do camião Renault, da Mammoet Rallysport, fez mesmo o melhor tempo entre todas as classes de veículos.
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Para além das danificações exteriores, que começaram no choque da primeira etapa com o holandês Van den Brink, o camião apresenta problemas no motor.
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