Durante as provas ouvia-se falar norueguês, francês, alemão...
Há 19 anos que é assim. Milhares de orientistas esquecem os fatos de Carnaval, pegam nos mapas e bússolas e aterram no Portugal O’ Meeting (POM), a prova mais importante do calendário nacional de orientação. A edição deste ano tomou de assalto o concelho de Gouveia, habituado ao turismo por conta da vizinhança da Serra da Estrela, mas certamente surpreendido pela presença de mais de 1.700 atletas vindos dos mais diversos pontos do Planeta. Entre os inscritos, uma verdadeira sociedade das nações. Os portugueses aparecem em maioria, mas entre as provas ouvem-se conversas em norueguês, em francês, em alemão...
A Finlândia trouxe quase 300 participantes e a Suécia perto de 200. Há orientistas que chegaram da Irlanda, dos EUA, até do Brasil. No total, 379 clubes estiveram em Gouveia, 341 dos quais estrangeiros. “Já organizámos várias provas no concelho e a aposta é para se manter. Até porque além da parte desportiva, há um grande retorno para a economia local, nomeadamente no alojamento e restauração”, sublinha Luís Tadeu, presidente da câmara de Gouveia, parceira nesta organização de grande envergadura.
Apesar da concorrência de uma etapa da Taça do Mundo na Turquia no mesmo período, a verdade é que a boa fama da prova e da organização nacional não afastou os dois melhores atletas da modalidade. Tal como nas edições anteriores Thierry Gueorgiou e Simone Niggli estiveram em Portugal e venceram na categoria de elites.
Os elogios sucedem-se. “O nível da organização em Portugal é muito alto. Estive pela primeira vez cá no POM em 1999 e é difícil encontrar uma prova tão bem estruturada.” As palavras são do espanhol Antonio Hernandez, atleta e coordenador da Federação Espanhola de Orientação para a orientação de precisão, uma disciplina desconhecida para muitos.
Para todos
Quando falamos de orientação vem-nos à cabeça uma modalidade que alia a destreza técnica, a boa capacidade de leitura do terreno com a exigência física. Mas não se pense que está fechada a quem tem limitações: a disciplina de precisão permite que pessoas com as mais diferentes capacidades físicas, incluindo as que sofrem de handicaps severos, possam competir em igualdade de circunstâncias. O que importa na precisão não é a rapidez, mas sim a mente, a capacidade de leitura e compreensão do mapa. A prova pode ser feita tanto a pé como de cadeira de rodas; no final o que conta é o número de desafios certos e não o tempo.
Gonçalo Borges, médico no Hospital da Prelada, acompanha a equipa da classe paralímpica da unidade hospitalar portuense. “É uma disciplina interessante porque é totalmente inclusiva. Permite a pessoas com um handicap físico fazer uma atividade nas mesmas condições: apenas é necessário observar, pensar e decidir”, conta.
S. Pedro e ponte estragam planos
Os grandes nomes da orientação escolhem Portugal para treinar-se nesta altura do ano devido, essencialmente, ao nosso clima. Por isso, a chuva torrencial que caiu ao longo dos quatro dias de prova foi uma companhia indesejada. “Vimos cá pelo bom tempo. Desta vez tivemos algum azar, mas agora vou treinar-me para Lisboa e espero apanhar sol. Ainda assim, está bem mais quente do que na Suécia!”, conta Maria Magnusson, vencedora da etapa de distância média do 3.º dia, uma prova que conta para o ranking mundial.
O facto de a ponte do Carnaval já não ser uma realidade veio também trocar as voltas a muitos dos orientistas portugueses, que apenas puderam estar presentes nos dois primeiros dias.
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Munidos de uma bússola, um chip e um mapa, os atletas poderão percorrer percursos entre os dois e os nove quilómetros, sendo que alguns percursos chegam a ter 29 pontos de controle, colocados em lugares estratégicos.
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