Voleibol: Unidos contra a hegemonia

Com o mesmo formato competitivo implementado na última temporada (fase regular, seguida de "playoff") e sem o desgaste que a participação no Mundial da Argentina provocou, arranca hoje o campeonato nacional da Divisão A1. Uma primeira jornada em que os principais encontros opõem o Marítimo ao Vitória de Guimarães e o Benfica ao Castelo da Maia.

"Reforçada" com o estatuto de tricampeã nacional, a equipa orientada por Luís Resende é de novo o alvo a abater na corrida ao título, com dois adversários teoricamente mais fortes: Esmoriz, derrotado nas três finais que o Castelo venceu; e Vitória de Guimarães, quarto classificado na época passada, agora com um novo treinador (Marco Queiroga).

O Sporting de Espinho, depois de graves dificuldades financeiras que chegaram a por em causa a continuidade do voleibol, reformulou o projecto para objectivos menos ambiciosos, numa equipa que mantém muita prata da casa e jogadores de qualidade, como Sandro Correia, mas que perdeu peças influentes como Hugo Ribeiro (C. Maia), Miguel Maia (Esmoriz) ou João Brenha (Ac. Espinho).

No campeonato das "transferências", bem animado, apesar de perspectivas pouco optimistas, o Castelo da Maia reforçou posições estratégicas e só tem a "lamentar", de facto, a saída de Manuel Silva (Sória). Para além de Hugo Ribeiro, líbero de futuro na Selecção Nacional, o clube presidido por Manuel Azenha contratou João José (melhor blocador do Mundial da Argentina), dois atacantes e um central brasileiros (Fabio Dalla Pria, Rodrigo Morais e Geraldo Oliveira), assegurando a permanência de Ricardo Pereira, elemento fundamental na conquista do terceiro título.

Se o plantel do Castelo está, à partida, nivelado por cima em relação ao de 2002/03, o Esmoriz de Francisco Fidalgo (o regressado Carlos Prata é adjunto) parece claramente mais forte. Entraram Eurico Peixoto (V. Guimarães), Miguel Maia e Renato Júnior (ambos Sp. Espinho) e continuam os internacionais Roberto Reis e Hugo Gaspar. A rivalidade com os maiatos deve subir de tom e o primeiro confronto directo é já na segunda jornada (4 de Outubro).

À espreita de uma oportunidade estará sempre o Vitória de Guimarães. A formação da Cidade-Berço manteve Nuno Pinheiro, "pescou" dois jogadores no Castelo da Maia (João Coelho e Roberto Purificação) e "desbravou" o mercado norte-americano (Zelimir Koljesar e Cameron Mount). É, no mínimo, concorrente a um lugar na final.

Objectivo: "playoff"

Benfica (três reforços brasileiros), Académica (dois reforços ex-Benfica), Leixões (a escola de sempre) e Vilacondense (a revelação da época transacta) partem na linha da frente por um lugar no "playoff" dos oito primeiros. No entanto, quer o Marítimo, que perdeu João José, quer a Académica de Espinho (de João Brenha), podem intrometer-se nesta luta. Machico e Antigos Alunos (recém-chegado à elite) têm que mostrar novas credenciais.

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