A atleta cabo-verdiana Suely Sanches ganhou a medalha de bronze na competição dos 400 metros, na categoria de Desporto para Deficientes, durante os 2.ºs Jogos da Lusofonia, na sua estreia absoluta em provas de atletismo.
Suely Semedo Sanches, de 15 anos, integra a comitiva de Cabo Verde nos Jogos da Lusofonia, que decorrem até domingo, em Lisboa.
"Estou contente com a medalha de bronze", disse a cabo-verdiana à Lusa, mostrando-se mais entusiasmada em participar noutras provas no futuro.
A atleta nunca tinha participado, até então, em competições oficiais. "Eu vou treinar mais e, assim, vou aceitar todos os convites que tiver", declarou a cabo-verdiana, que nasceu com uma deficiência no braço direito.
Suely, que é natural de Santa Cruz, na Ilha de Santiago, acredita que com o esforço, treino e participações em competições pode melhorar o seu desempenho e trazer à tona as suas "vantagens".
"Vou procurar as vantagens que tenho. Quero encontrar também as minhas desvantagens e treinar para alcançar as minhas metas (de vencer)", referiu a atleta, que treina há apenas um ano e meio na delegação da Comité Paralímpico de Cabo-verdiano (Copa) em Santa Cruz.
Suely, que está no 9.º ano, foi muito incentivada pela família, amigos e pelos treinadores do Copa - entidade que busca integrar os portadores de deficiência na sociedade através do desporto - a praticar esta modalidade.
"Foi um dos funcionários do Copa que veio falar comigo na rua e pediu autorização aos meus pais para participar dos treinos de atletismo no Copa", garantiu a jovem atleta, acrescentando que em determinados momentos pensou em desistir, mas o incentivo a fez continuar e agora "adora" treinar.
Contudo, a atleta disse que os treinos são feitos em campos de futebol, na praia ou no campo, já que não existe uma pista de atletismo na Ilha de Santiago, o que lamenta imenso.
O Copa, através do seu director-técnico nacional, Arcino Lopes, indicou que a construção de pelo menos uma pista de atletismo em cada ilha do Arquipélago é uma reivindicação antiga da entidade às autoridades.
Suely considera que o desporto é uma forma de integrar as pessoas, apesar do preconceito que ainda existe, acrescentando que "todas as pessoas têm deficiências", em maior ou menor grau, e as que são visíveis (como no seu caso) "não devem ser limitadoras".
"Os deficientes podem fazer de tudo. Conheço muitos que cantam, fazem bordados, são atletas", afirmou a cabo-verdiana, que vem de uma família grande, com pais e cinco irmãos.
A atleta disse que gosta de "aprender, de estar com as pessoas, estar envolvida com o mundo que nos rodeia" e o desporto possibilita tudo isso.
A equipa de Cabo Verde nos Jogos da Lusofonia conta com a participação de três atletas portadores de deficiência.
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