Espalhando magia noutras mesas...
"acoimbra" é o seu nome de guerra nas mesas de poker online, mas foi noutra vertente que saltou para a ribalta. Em Novembro último foi a Roma para participar no Campeonato do Mundo de "Magic The Gathering" e não se veio embora sem trazer consigo o ceptro mundial, numa modalidade por vezes subestimada mas onde o triunfo não é para quem quer.
Record Online (R.O.) - És o campeão mundial em título de "Magic The Gathering". Que ensinamentos podemos retirar deste jogo para aplicar no poker?André Coimbra (A.C.) - O "Magic" é um jogo de estratégia com cartas muito próprias. Antes de me iniciar no poker, já estava habituado a encarar este jogo de uma forma sistemática e a jogar por milhares de dólares.
R.O. - A dada altura, no teu blogue (ocantinhodocoimbra.com), revelas que irias passar a encarar o "Magic" apenas como um hobbie. Foi pelo facto de não ser tão rentável como o poker? Ou porque, como disseste, "a partir de agora é sempre a descer"?A.C. - O "Magic", para mim, é muito mais divertido do que o poker. Como agora tenho o poker como profissão e é mais rentável, encaro o "Magic" como um hobbie. Em relação à expressão que utilizei, fi-lo porque atingi o topo da minha carreira a nível de "Magic The Gathering".
O poker e a profissionalização
Em 2008 deixou-se de "brincadeiras" e viu o poker como uma potencial fonte de rendimentos como salvaguarda para um futuro melhor. Colocou o "canudo" de lado e dedicou-se ao jogo que deixou meio mundo e meio a falar de coisas tão estranhas como "folds", "addons", "all in's" e companhia. Deu exclusividade ao poker online e não se arrepende. Dois meses foi o tempo que precisou para convencer a família de que tinha acertado em cheio. Considera-se um jogador "tight agressive" e tem uma rotina tão variada que o melhor é ir espreitando o seu "cantinho" para ver por onde anda.
R.O. - Quando decidiste encarar o poker de uma forma mais séria?A.C. - Em Setembro de 2008, quando terminei o curso.
R.O. - A que sacrifícios te sujeitas para o fazer?A.C. - Há dias em que os meus amigos me convidam para sair e eu não posso. É um pouco difícil gerir as "downswings" a nível emocional.
R.O. - Quando se toma uma opção com este peso, é natural que as rotinas sejam alteradas e existam realidades às quais se passe a dar menos atenção. Foi fácil conciliar, ou encaixar, o poker nesse dia-a-dia?A.C. - Desde que se seja organizado dá para conciliar. Como só jogo online faço o horário que quero e acaba por ser como se fosse um emprego vulgar.
R.O. - Como é que família e amigos reagiram à decisão de fazeres do poker a tua profissão?A.C. - Estavam um pouco de pé atrás, mas eu era maior de idade, com um curso feito e com algum dinheiro ganho através do poker. Dois meses depois já era bem aceite e as dúvidas ficaram para trás.
R.O. - Enquanto profissional, quais são os cuidados que tomas ao nível da preparação para os torneios?A.C. - Existem algumas coisas que vão variando, mas o fundamental é não comer muito antes de jogar, dormir bem e descansar um pouco antes de ir a jogo e evitar as distracções enquanto se joga.
R.O. - Onde fica o teu local de trabalho? Aderiste à moda dos escritórios de poker?A.C. - Tenho uma divisão em casa só para jogar. É o meu escritório.
R.O. - Como é a rotina de um profissional de poker como tu?A.C. - A minha rotina vai variando tanto que é difícil descrevê-la. O melhor é irem seguindo o meu blogue em "ocantinhodocoimbra.com" (risos).
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