Quando 2010 ainda dá os primeiros passos, é impossível esquecer o balanço de um 2009 simplesmente notável para a afirmação do poker português. A evolução dos nossos jogadores foi incrível e poder incluir no palmarés nacional um triunfo no EPT de Vilamoura (António Matias), no Unibet Open também realizado no Algarve (André Dias) ou até no Sunday Million se falarmos da vertente online (Francisco Ramalho), já para não falar dos múltiplos prémios nos eventos das World Series of Poker, é um luxo acompanhado por inúmeros feitos, tanto ao vivo como na internet, que vão sendo noticiados a cada semana.
Essa floresta de factos apreciáveis torna difícil distinguir uma verdadeira figura de 2009. Existem grandes jogadores de poker na cena portuguesa, mas muito próximos em termos de qualidade e notoriedade. Os nomes de André Santos, João Barbosa, Tomé Moreira, Ricardo Sousa, Renato Almeida ou Rui Milhomens vão conquistando espaço em reportagens, tanto televisivas como de imprensa, mas mantêm-se distantes do mediatismo de outras modalidades, que desfrutam de um espaço sobredimensado para a movimentação de público e verbas, muitas vezes irrisórios, que envolvem. O que choca quando ganhamos consciência da cada vez mais impressionante afluência aos torneios de poker ao vivo, e do evidente sucesso da variante online, com a veia frutífera de acontecimentos noticiáveis e oportunidades de negócio em tempo de crise, que proporciona.
Para consolidar a massificação em Portugal deste jogo ou modalidade desportiva -- um debate recorrente sobre o qual versaremos em futuro próximo -- é fundamental que a qualidade organizativa comprovada seja exponenciada por uma figura individualmente poderosa nas mesas, mas também na sua postura perante o grande público, ajudando a remover as derradeiras resistências de quem ainda entende a prática do poker como algo obscuro e pouco recomendável. A orfandade dessa referência não tem impedido o crescimento do bolo, mas uma cereja no topo podia fazer muita diferença. Combatendo, pela via do diálogo e transparência, anacronismos sem paralelo como a legislação que impede a recolha de imagens durante os torneios.
O carisma de um Phil Ivey, Gus Hansen, Patrick Antonius ou Phil Helmuth produz um efeito magnético que, replicado, se adaptaria como uma luva à ânsia de emancipação do poker português.. No entanto, um Cristiano Ronaldo das mesas não surge em todas as colheitas, e tal como durante o próprio jogo, a paciência é essencial para os sucesso. Para já, o crescimento sustentado é o caminho certo a trilhar. Até ver, só um nome pode reclamar o estatuto de Jogador do Ano em 2009. Estamos a falar de Nuno "Zumy" Coelho, elemento do Team Pokerstars Pro, que chegou ao final dos 35 eventos do Campeonato Português de Poker Online na liderança do ranking oficial. Uma figura muito considerada que juntou resultados de relevo à sua palavra afável e conselho pronto. O seu lugar na história está assegurado.
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