João Silva: «Vou estudar mais os torneios»


João Silva é um algarvio de sucesso e com carreira cimentada no poker nacional. O antigo consultor informático que trocou o computador do emprego pelo de casa, entregando-se de alma e coração ao poker, falou com Record Online, pouco depois de ter assinado um brilhante 5.º lugar no PokerStars European Poker de Vilamoura.


Aos 27 anos, João Silva tem acumulado ganhos importantes nas mesas de jogo e não se arrepende do rumo que tomou: "Era consultor informático e deixei o emprego para me dedicar ao poker."


"Quando estava a trabalhar já jogava online", revelou o português que, em conjunto com António Matias, assinou um capítulo dourado na história do poker português que, pela primeira vez na sua curta história, teve dois representantes numa Final Table de um Main Event do EPT.


O "profpanik", o seu nome de guerra nas salas online, tinha um emprego seguro, mas viu-se forçado a enveredar por outro caminho: "A certa altura, trabalhar oito horas por dia em frente ao computador e, depois, chegar a casa e estar mais cinco horas à frente de outro, tornou-se extremamente cansativo."

"Tive de abdicar de muitos rendimentos. Não foi uma decisão fácil, mas arrisquei", explica o jovem natural de Lagos, adiantando que não foi ao engano e quando optou pela profissionalização não ia descalço: "Já tinha algum dinheiro colocado de lado. Tinha-o ganho no poker e tentei a sorte. Já sabia que se não desse resultado, tinha de voltar ao trabalho."


A família levou tempo a perceber. Talvez porque o poker ainda constitua novidade para uma sociedade mal preparada para ver jovens largar tudo o que construiram para se lançarem nas mesas de jogo. "Foi uma decisão que demorou algum tempo a ser tomada, mas acho que não tinha nada a perder. Ainda sou novo, não tenho casa para pagar nem filhos para criar. Segui em frente e foi o melhor que fiz. A minha família não gostou muito no início, mas depois começaram a ver os primeiros resultados e compreenderam melhor", revela João Silva.


O "profpanik" nem é muito dado a torneios ao vivo. Sente-se melhor online e noutro tipo de desafios: "No online jogo outro tipo de poker: o cash game. Aí, comecei no nível mais baixo e já conseguia tirar mais ou menos três mil euros mensais. Depois, à medida que ía evoluindo e aprendendo mais, fui subindo de nível e, neste momento, já estou a jogar num patamar superior, onde se entra com 200 euros e se joga em seis mesas ao mesmo tempo."


"Torneios? Jogo mais ao vivo, porque não gosto muito de os jogar online", explica o algarvio, deixando uma dica sobre o seu futuro: "Vou dedicar-me mais um bocado à vertente dos torneios e procurar estudar mais sobre isto."

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