Peter Eastgate sagrou-se campeão do mundo de poker em 2008. Com o triunfo histórico em Las Vegas, o jovem dinamarquês arrebatou um prémio de mais de nove milhões de dólares e saltou para as bocas do mundo.
No entanto, nem por isso aceita ser rotulado como o melhor do mundo ou, sequer, um dos melhores. Para Peter, basta ir a jogo para que se possa atingir esse nível, desde que se dominem os conhecimentos adequados.
"Todos aqueles que têm algum conhecimento do poker são potenciais candidatos a melhores jogadores do mundo. Quem apresenta os melhores resultados tem tendência a ser considerado o melhor do mundo, mas não penso que seja sensato fazê-lo", adianta Peter Eastgate, em declarações a Record Online, antes de explicar melhor a sua teoria: "É importante ter em conta que existem diferentes formatos dentro deste jogo. Assim, penso ser justo dizer que o melhor jogador do mundo do Hold' em pode não ser o melhor no Omaha, e por aí em diante. Não é fácil dizer quem é o melhor do mundo."
O dinamarquês, de 23 anos, está em Portugal pela primeira vez, mas não sabe se é o primeiro contacto que toma com o poker nacional, até porque já perdeu a conta aos adversários que já defrontou desde que se lançou nesta aventura: " Já devo ter jogado contra algum português, mas não me lembro do nome de nenhum. Quando me sento à mesa nunca pergunto o nome dos adversários. Não ligo a isso".
Peter não se lembra, embora adiante que seja "bastante possível que já tenha defrontado um português". Ainda assim, recusa-se a alinhar pela bitola que muitas vezes caracteriza um jogador, mediante o seu sítio de origem, ou a sua escola. "Não tenho uma opinião devidamente estruturada sobre o tipo de jogador que possa ser o português, mas penso que talvez se identifique com o estilo de jogo que se pratica no Sul da Europa", revela.
" Jogam muito num estilo loose passive - calling center ou máquina de igualar. Pagam mãos medianas ou inferiores mas raramente aumentam as suas apostas . Ou então não, porque até sou um bocado contra as pré-concepções que são feitas no mundo do poker. Achar que alguém joga de uma determinada forma só porque vem de um determinado país, não me parece muito elegante. Penso que cada um de nós tem a sua maneira de jogar. O seu próprio estilo. Um jogador mais jovem joga de uma maneira diferente de um mais experiente, o que não quer dizer que este último seja melhor do que o primeiro", conclui.
O dinamarquês não sabe definir o estilo do jogador nacional, mas não tem dúvidas quanto à sua forma de jogar. "Considero-me alguém que gosta de jogar de uma forma muito analítica. Gosto de observar e analisar os adversários, o ambiente, as jogadas e tudo o que me rodeia. Mas também me considero um pouco indisciplinado", atira um Peter Eastgate, agora mais solto e divertido.
Divertido é mesmo o estado de espírito que Peter procura quando se propõe a um evento da dimensão de uma etapa do European Poker Tour. Até porque as probabilidades de não ganhar mais do que chatices e amuos são imensas: "Quando venho para um ambiente destes nunca penso em vir para ganhar dinheiro. Nunca elevo a fasquia em demasia porque as hipóteses de algo correr mal são incomparavelmente superiores."
Ainda assim, Peter não descura a oportunidade de surripiar as fichas de quem se lhe meter ao caminho: "De vez em quando lá chega aquele feeling de que devemos apostar forte e encarar o torneio para ganhar. Quando isso acontece, temos de aproveitar. A vida de um profissional é mesmo assim."
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