Peter Eastgate: «Quero aproveitar os bons momentos que o poker me tem dado»

Peter Eastgate é o jovem dinamarquês que saltou para a ribalta no final de 2008, depois de ter cilindrado a concorrência nas World Series of Poker.

Peter mergulhou na onda do shuffle up and deal apenas em 2004. O início foi conturbado, mas depois encontrou o caminho que o conduziu ao sucesso e o trouxe até Vilamoura, na primeira vez que o maior circuito da Europa aterrou em Portugal.


"Comecei a jogar poker em 2004. Ao princípio as coisas não me corriam bem, mas depois comecei a melhor o meu jogo e, com isso, fiz imensos progressos", revelou o dinamarquês, em entrevista a Record Online.


"A certa altura percebi que estava lançado porque comecei a fazer muito dinheiro com o poker. Em 2006 esta nova paixão já me rendia cerca de dez mil euros por mês e, pouco tempo depois, consegui triplicar estes valores. Foi nessa altura que percebi que poderia fazer vida disto. Tinha mesmo de aproveitar", confidencia o jovem Peter, de 23 anos.


Em 2008 a consagração chegou e Peter deixou de ser um qualquer jogador dinamarquês para passar a ser conhecido como uma das lendas mais recentes da modalidade. No entanto, entende que o dia em que se tornou campeão mundial, ao vencer as World Series of Poker, não lhe alterou o modo de pensar ou agir, embora admita que a sua carteira tenha dado valentes pulos de alegria.


"Quando fui campeão do mundo fiquei contente por ter ganho tanto dinheiro. É lógico que sim. Mas no final daquele turbilhão de emoções só me apetecia dormir, porque todo aquele ambiente nos cansa e desgasta", adianta Peter, antes de concluir com uma forte convicção: "Quando ganhei em Las Vegas, fiquei feliz. Feliz, mas não histérico. Consegui aquilo que queria e fiquei orgulhoso disso, mas a minha vida ou a minha forma de estar não mudou assim tanto desde esse dia."


Peter Eastgate pode não ter ficado rouco de tanto gritar ou cansado de tanto saltar na hora de celebrar o raise de  9.152.416 de dólares que fez à sua conta, mas não se pense com isso que o dinamarquês não tira prazer do jogo. Pelo contrário: "Não sou uma máquina sem sentimentos. Continuo a sentir a mesma paixão que tinha no início".


Por isso, Peter ainda não sabe até quando continuará a sentar-se à mesa: " Não jogo poker  há muitos anos. Não sei dizer se quero jogar para sempre, ou prever por quanto tempo esta fase se vai prolongar. Não penso muito nisso. Por agora, estou decidido a aproveitar os momentos que o poker me tem dado."

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