1/27
O Eden acabou de atracar em Puerto Montt. O sol ainda está baixinho mas já começa a afastar, timidamente, o frio da noite. Passa pouco das sete da manhã e está uma luz magnífica. Como a de Lisboa em certos dias, aquela luminosidade que encanta apesar de nem todos darem por ela e muitos por ela passarem a correr. São estes os momentos que nos fazem esquecer que, para trás, ficaram umas centenas de milhas (marítimas, claro) umas oitenta (!) horas sem pôr pé em terra e um terceiro dia de viagem em que o Oceâno se mostrou muito pouco Pacífico com as suas vagas de 3/4 metros que levaram a nave a um enjoativo e muito desagradável ritmado balançar.
Mas se esquecermos os pequenos «pormenores» – como os de uma alimentação não direi intragável mas sim pouco convidativa (tempero é coisa que não se usa), ou o reduzido espaço das cabinas e a dificuldade que há para subirmos para o primeiro andar na hora de deitar ou mesmo as poucas alternativas oferecidas à contemplação da paisagem - a viagem valeu a pena. Pela beleza deslumbrante que nos envolveu enquanto navegámos pelos vários canais até entrarmos nas águas do Pacífico, pela imponência das montanhas cobertas por um gelo milenar que apenas a tenebrosa acção do Homem consegue fazer desaparecer, alterando o clima, alterando a paisagem, alterando o habitat de espécies que gradualmente vão desaparecendo. Chamam a isto progresso...
Reconheço que não é uma viagem para todos, (obrigado Sonhando.Pt e diário Record, nas páginas de cuja revista dominical contaremos com mais pormenores a aventura), esta que nos levou através dos fiordes da Patagónia chilena, mesmo ali ao lado da fronteira argentina, por uma imensidade de canais que o degelo criou. É uma viagem melancólica, contemplativa e por isso até se estranha a presença no navio de jovens (ingleses, norte-americanos, argentinos), cujo passatempo ao longo destes dias se limitou a longas conversas, a fotografar a paisagem, a escrevinhar e a ler. Havia televisão, mas ninguém se interessava no que nela se via; à noite, isso sim, a «sala de cinema» quase esgotava a lotação. Mas esta presença de juventude é um bom sinal, um sinal revelador de que, afinal, ainda há gente preocupada com o planeta em que vivemos.
Vamos deixar os gelos e partir para Sul, para o calor – esperamos – para o Atacama. Depois de tanta água...vem a areia do deserto.
No regresso de Santiago, viemos via Charles de Gaulle, via Paris, esta Paris que, hoje, chora os seus mortos...
Filho do extremo do Barcelona foi ignorado por mascote no parque de diversões parisiense
Bobo Baldé, que esteve na final da Taça UEFA de 2003, entre Celtic e FC Porto, terá sido atropelado e esmurrado por pais antes de ser levado pela polícia
Revelação caricata de Allan Nyom sobre o dianteiro colombiano
Internacional dinamarquês está à procura de clube depois de ter terminado contrato com o Manchester United
Começaram a namorar com 15 anos, em Gondomar, viveram pela primeira vez juntos em Madrid e tiveram três filhos
Antigo guarda-redes assinou icónico lance em 1995