Camilla Kemp: «Foi difícil aceitar o facto de não podermos treinar»
Ex-campeã nacional elogia comportamento dos surfistas no regresso ao mar
Camilla Kemp é uma das surfistas portuguesas mais ativas a nível internacional, mas toda a azáfama de competir no circuito mundial de qualificação (WQS) acabou por se esfumar durante os últimos meses, com a pandemia do Covid-19. Além do fim das provas, a campeã nacional de 2018 também se viu remetida ao confinamento em casa, sem sequer poder treinar no mar. Algo que admite que lhe fez confusão.
"No início foi difícil aceitar o facto de não podermos treinar, até porque com as redes sociais via muitos dos meus amigos e outros atletas noutros países a continuarem a surfar", assumiu Camilla, que garantiu ainda que "nunca tinha estado tanto tempo fora de água".
Ainda assim, Kemp viu aspetos positivos no período de quarentena. "Por outro lado, nunca tinha tido tanto tempo em casa para estar com a minha família e preparar o meu corpo com exercício físico para quando pudesse voltar ao mar", frisou.
O regresso ao mar acabou por acontecer no início de maio, depois de mais de um mês de proibição da atividade. E Camilla Kemp garante ter ficado surpreendido com a forma como todos lidaram com a situação. "Sinceramente achava que ia estar um caos na água, mas os surfistas surpreenderam-me. Toda gente respeitou as normas de segurança e não havia tanta gente como esperava", sublinhou a surfista que é patrocinada pela marca portuguesa Deeply.
"Senti me livre no mar, foi uma sensação super boa", relembrou a surfista do Guincho, sobre a primeira sessão depois do confinamento. No entanto, apesar de estar restabelecida a normalidade nos treinos, há ainda muita incerteza quanto às competições. "Sinto imensa falta das competições. O meu objetivo agora é preparar-me melhor que nunca e preparar tudo até a época competitiva começar outra vez", vincou.
