A Federação Portuguesa de Surf lamentou, este sábado, o incidente ocorrido com a surfista portuguesa Érica Máximo durante a jornada de sexta-feira do Mundial Júnior ISA. A surfista portuguesa tentou interferir de forma deliberada numa onda de uma surfista australiana, de forma a tentar evitar que a adversária superasse a compatriota Maria Salgado na bateria. Uma atitude que valeu uma multa por parte da ISA à seleção portuguesa e que também acabou por despoletar a desqualificação de Érica Máximo.

A FPS, através de comunicado, "lamenta profundamente" o ocorrido, classificando a atitude da jovem surfista que "tentou impedir, de forma antidesportiva e irrefletida" que a adversária conseguisse a pontuação que necessitava para seguir em frente na prova, durante o heat 3 da quinta ronda de repescagens da prova feminina Sub-18.

"Os responsáveis da FPS no local estão a analisar a situação juntamente com a atleta, com vista a perceberem as circunstâncias que motivaram este seu comportamento irrefletido e assegurar que este tipo de situações nunca mais venha a ser repetido por qualquer atleta nacional em representação de Portugal", frisa o comunicado.

Ainda assim, a FPS garante que "está também a encetar diligências junto da ISA, para chegar a um entendimento sobre a forma mais justa de penalizar a atleta júnior em início de carreira internacional".

"A FPS quer ainda realçar que o comportamento da surfista foi totalmente irrefletido e sancionável, mas este deve ser também encarado num contexto de alta competição e altíssima pressão física e emocional", pode ler-se.

A FPS e a surfista Érica Máximo gravaram, inclusivamente, um vídeo em que a jovem surfista nacional se mostra arrependida pelo sucedido, pedindo desculpa à adversária australiana. Além disso, a surfista irá "endereçar, em conjunto com a FPS, um pedido de desculpas à Federação Australiana de Surf (Surfing Australia) e à ISA, sendo que já pediu desculpas a toda a equipa portuguesa e direção técnica".