Ex-tenista sueco, duas vezes finalista em Roland Garros, revela que viveu momentos de grande ansiedade e pânico
Robin Soderling revelou este domingo que se retirou do ténis em 2015, com 31 anos, devido na problemas de ansiedade, embora oficialmente tenha dito na altura que se reformava por ter contraído mononucleose. O tenista sueco, que chegou a ser número 4 do Mundo e foi duas vezes finalista em Roland Garros, conta que chegou a ponderar o suicídio.
"Sentia uma ansiedade constante que me roía por dentro. Sentava-me em casa e olhava para o vazio, sem entender, o ínfimo ruído causava-me pânico. Se uma carta caísse sobre o tapete, entrava num pânico tal que caía imediatamente no chão. Se o telefone tocasse, tremia de medo", contou Soderling à 'Radio Suecia'.
Os primeiros sinais surgiram em 2009, depois de disputar a primeira das suas duas finais consecutivas em Roland Garros. "Só podia perder com três jogadores, aos restantes tinha que ganhar, caso contrário sentia-me mal, fracassado, um derrotado."
Em julho de 2011, depois de bater David Ferrer na final do Torneio de Bastad, o seu último encontro profissional, conduziu de volta a casa, em Monte Carlo, e recorda que começou "a cair num abismo negro, sem fundo".
A situação piorou um mês depois, durante o US Open. "Entrei em pânico, comecei a chorar. Chorava, chorava... Voltei ao hotel e atirei-me para cima da cama. De cada vez que pensava que tinha de ir jogar entrava em pânico. Pela primeira vez senti que por mais que tentasse não podia ir para o campo, nem que me apontassem uma pistola. Cheguei na procurar no Google como suicidar-me", conta, referindo que na realidade não queria morrer mas que "qualquer coisa era melhor do este inferno."
Contraiu mononucleose e essa foi oficialmente a razão do seu abandono, aos 31 anos. "Poucas vezes falamos de problemas psíquicos na elite do desporto mundial, por isso eu queria contar o que passei. Aos que se dedicam ao desporto e aos seus pais peço que treinem muito, mas que tenham calma. Faz desporto e sonha, mas se tiveres êxito mantém a perspetiva e procura uma vida, algo que não fiz até agora."
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