LLEYTON Hewitt poderá tornar-se no homem a abater em Miami, cidade que ficou conhecida através da televisão por ser palco de perseguições policiais. O tenista australiano afastou do caminho Yevgeny Kafelnikov e poderá, caso ultrapasse Jan-Michael Gambill, defrontar Pete Sampras. Embora o americano pareça estar, a cada ronda que passa, mais perto da melhor forma, Hewitt está também a atravessar excelente momento.

”O mais importante para mim foi ir para o ’court’ e tentar chegar, pela primeira vez, aos quartos-de-final de um torneio da Série Masters, o que nunca tinha conseguido”, afirmou Hewitt, depois de ter derrotado Kafelnikov por 6-4, 6-3. Esta foi a segunda vitória consecutiva de Hewitt sobre o número um da Rússia, após o triunfo em Setembro passado, em três partidas, nas meias-finais da Taça Davis.

”Penso que ele não jogou o seu melhor ténis. E em Brisbane também não”, reconheceu Hewitt que terá como futuro adversário Gambill, o norte-americano que obteve também uma proeza ao derrotar Mark Philippoussis, por 6-2, 6-7 (6-8) e 6-3.

Mas, na opinião de Greg Rusedski, Hewitt irá passar Gambill. “Ele é fenomenal e penso que, provavelmente, irá chegar às meias-finais. É um grande lutador, dá sempre cem por cento... Nunca vi ninguém com tanta energia; parece um feijão-saltador. Por causa da sua atitude, lembra-me o Connors”, exclamou Rusedski, nada afectado por ter perdido com Pete Sampras, por 3-6, 3-6. Sampras defronta agora o equatoriano Lapentti, que beneficiou da desistência de Enqvist.

Na parte superior do quadro, Agassi afastou Rafter com um duplo 6-4 e joga, nos quartos-de-final, com Tim Henman, que ultrapassou Rios, pelos parciais de 6-1, 1-6 e 7-6 (7-4). Wayne Ferreira, que ganhou a Hrbaty por 2-6, 6-4 e 6-4, defronta Kuerten, vencedor de Pozzi, por 6-4, 7-6 (7-3).

VENUS E OS RUMORES

Entretanto, os bons resultados de Hewitt e a expectativa quanto a uma final entre Agassi e Sampras estão a ser ofuscados com os rumores de um abandono de Venus Williams.

A tenista norte-americana ainda não competiu este ano, devido a uma tendinite em ambos os pulsos, mas Richard Williams, seu pai, afirmou que tinha aconselhado a filha mais velha a interromper a sua carreira, pelo menos até ao final do ano. “Disse-lhe para voltar à escola. Ela tem 19 anos e pode dar-se ao luxo de deixar o ténis temporariamente. Mas também tenho falado com ela sobre o abandono total”, garantiu.

PEDRO KEUL