Ausente do circuito WTA há praticamente um ano, a francesa Océane Dodin passou por ano complicado, com uma operação aos ouvidos para debelar um problema relacionado com vertigens que a forçou a parar durante largos meses. Um problema que a afetava há dez anos e que foi finalmente superado, mas que também a levou a tratar de outras coisa que tinha pendente há algum tempo: um implante mamário. A ideia estava lá há muito, confessa, mas a paragem competitiva necessária sempre a fez adiar o procedimento. Até que esta operação aos ouvidos - que obrigaria sempre a uma paragem prolongada - lhe deu uma oportunidade que decidiu aproveitar.

"É algo que queria fazer há algum tempo. Acabei por aproveitar esta paragem para fazê-lo, porque se tivesse de parar dois meses por causa da operação não teria sido possível durante a temporada. E pensei para mim 'se vou parar seis meses, então vou fazer algo que quero'. E prefiro fazer agora do que quando tiver 40 anos, numa altura em que já estiver retirada. Estou muito feliz por tê-lo feito, não me arrependo e não me incomoda", assumiu à RMC Sport a tenista de 28 anos, que teve de superar as vozes que a rodeavam a opor-se a esta sua decisão.

"Todos me diziam que não seria capaz de jogar... Como se fosse colocar uns melões (risos). Não são pequenas, mas não me vão incomodar quando jogar. Até porque há soutiens que se adaptam", frisou a francesa, que falou ainda do caso de Simona Halep, tenista romena que foi forçada a fazer uma operação para reduzir os seios. Um caso diferente, diz: "Os dela eram grandes, muito grandes. E isso prejudicou-a. Mas, sim, devo ser a primeira jogadora a jogar com implantes. Alguém tinha de ser a primeira!".

Agora 363.ª do ranking mundial - chegou a ser 46.ª em 2017 -, Dodin voltou recentemente e vai tendo algum sucesso nos torneios de menor nomeada, que vai utilizando para ganhar ritmo tendo em vista a próxima temporada, onde almeja entrar no qualifying do Australian Open para começar.