FIDE aprova decisão inédita na história do xadrez
O norueguês Magnus Carlsen e o russo Ian Nepomniachtchi causaram polémica na final do Mundial de xadrez rápido (3 minutos por jogador e mais 2 segundos de incremento por jogada), em Nova Iorque, ao decidirem dividir o título.
Após empate (3,5-3,5) ao cabo de sete partidas, o match não prosseguiu, tendo Carlsen justificado algo que é inédito na história da modalidade: "Se tivéssemos continuado, um de nós teria vencido por exaustão do outro. Teria sido muito cruel. Estávamos ambos muito cansados ??e nervosos. Como sempre, haverá pessoas a favor e outras contra."
Com este título, Carlsen já foi oito vezes campeão mundial de rápidas, enquanto Nepomniachtchi conquistou seu primeiro.
Este desfecho causou polémica, com o grande mestre norte-americano, Hans Niemann, a reagir com ironia à atribuição do título: "O mundo do xadrez é uma piada. Nunca isto aconteceu na história. Não acredito, pela segunda vez esta semana, que a FIDE seja controlada por um jogador. Só pode haver um campeão mundial!"
Recorde-se que Niemann tinha processado em tempos Carlsen, por o norueguês o ter acusado de batoteiro, uma situação que foi resolvida com um acordo monetário extrajudicial.
A FIDE não só aprovou a decisão dos finalistas, como também permitiu que Magnus Carlsen jogasse o Mundial de rápidas de jeans, depois de na semana transata ter expulso o número 1 do ranking internacional por este usar calças de ganga no Mundial de semirrápidas.
Na final, Carlsen, que assinou um patrocínio com uma marca de jeans, venceu os dois primeiros jogos e quando parecia ter o ouro ao seu alcance – bastava-lhe um empate para manter o título conquistado em 2023 –, perdeu os dois duelos seguintes.
Teve de se recorrer aos jogos de desempate, em sistema de morte súbita, mas subsistiram três empates.
No Mundial de rápidas feminino, a medalha de ouro foi para a chinesa Ju Wenjun após vencer a compatriota Lei Tingjie por 3,5-2,5 (2-2 e 1,5-0,5 no desempate).
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