Olá a todos, como foi a vossa semana?
Como sabem, gosto de mencionar nos meus artigos as conquistas que os nossos atletas conseguem nas mais variadas competições pelo mundo. Esta semana não será exceção: PARABÉNS, JORGE FONSECA! E o engraçado é que em Março do ano passado estava a parabenizá-lo pela sua vitória no grande prémio de Agadir.
Por isso, e com o Judo cada vez a dar mais cartas e havendo cada vez mais atletas com tanta qualidade e a atingir altos patamares desportivos, achei fundamental voltar a falar da nutrição nestes atletas.
Em todos os atletas, não só nos judocas, a alimentação e a nutrição desempenham um papel fundamental, principalmente quando se compete a este nível! Contudo, é muito comum que sem o acompanhamento nutricional correto os judocas tenham uma alimentação pouco adequada. Não é raro encontrar atletas que fazem restrições exageradas de nutrientes e potenciam perdas de água exorbitantes para que seja possível perder o peso a mais (e que os pode impossibilitar de competir na classe de peso que pretendem) pouco tempo antes da competição. Alguns atletas chegam a perder 10kg em 15 dias!
Não é preciso muito para perceber que esta prática pode ser muito prejudicial não só ao rendimento, mas, principalmente, à saúde do atleta. Reduções extremas do consumo de hidratos de carbono e proteínas e exclusão total de gorduras; treinarem com casacos quentes para potenciar perda hídrica; ou até, comerem exclusivamente alimentos ricos em fibras o que sobrecarrega imenso o seu organismo.
Com esta perda de peso repentina o judoca vai sofrer vários efeitos no seu organismo como: diminuição dos fluxos sanguíneo renal, alteração da concentração e de algumas hormonas, diminuição da atividade do sistema imunitário, interrupção temporária do crescimento, redução da eficiência do sistema cardiorrespiratório, alteração do estado de humor, aumento da temperatura corporal e dificuldade na termorregulação e, claro, diminuição do desempenho.
Este tipo de práticas é mais comum em judocas que não têm acompanhamento nutricional, mas a boa notícia é que, cada vez mais, estes atletas estão atentos à sua saúde e querem fazer as coisas da forma certa, ou não teriam os ótimos resultados que ultimamente têm apresentado!
Assim, a alimentação diária destes atletas deve ser bastante monitorizada. Além de se ter de garantir que satisfazem todas as necessidades nutricionais básicas individualmente, estes atletas devem preocupar-se muito com a balança para não passar do limite no dia da pesagem e poderem lutar dentro da categoria pretendida.
O judo é uma modalidade muito intensa e, por isso, o judoca pode perder entre 800 calorias a dois quilos num dia de competição. Assim sendo, é necessário garantir uma alimentação variada e equilibrada antes da competição, durante e no fim da mesma. Esta alimentação deve ser rica em hidratos de carbono, proteína animal e pouca gordura.
No que diz respeito à hidratação, e se costumam acompanhar o que escrevo sabem o quão exigente sou em relação a isto, tem de estar presente em todas as fases de um atleta. Neste caso, o judoca pode ingerir água até 15 a 30 minutos antes da luta.
Outra questão muito interessante é o descanso, porque as provas (embora sejam curtas) repetem-se durante um longo período e pode ocorrer fadiga caso exista uma má alimentação persistente. A fadiga pode ser a nível muscular ou a nível cerebral ou até ambas. Por isso mesmo, a alimentação também tem como aliada o descanso, mas isso não acontece só com o judo.
Ao longo da semana, como vem sendo hábito, vou dando umas noções gerais e dicas sobre como lidar com a alimentação de uma forma saudável – esta semana, mais focada nesta modalidade. Não se esqueçam que cada atleta é diferente, por isso, para alcançar o potencial máximo de cada um, cada judoca deve ser pensado e trabalhado individualmente em todas as vertentes, incluindo, claro, a alimentação.
Até para a semana!
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