Ricardo Costa
No último fim-de-semana, o Vitória celebrou dois títulos nacionais: a equipa de polo aquático conquistou mais um título de campeão nacional – o quinto da modalidade desde a época 2018/2019 –, vencendo o Sporting por 17-13. Foram três vitórias consecutivas, resgatando o título nacional para Guimarães, que nos havia escapado na época anterior. Além deste e da supertaça, poderá juntar-se ainda a Taça de Portugal. O Vitória pode concretizar o “triplete”, vencendo todas as competições nacionais.
A equipa sénior de futebol feminino contribuiu, também, para este travo doce, ao sagrar-se campeã nacional da segunda divisão, alcançando o objetivo da época: a subida à Liga BPI, divisão maior do futebol feminino. No último jogo da época, derrotaram o Rio Ave, adversário direto na disputa pela subida à Liga BPI, por três golos sem resposta. O futebol feminino do Vitória, estabelecido apenas no ano de 2018, tem tido um crescimento notável, quer na equipa sénior quer nos escalões de formação. É, claramente, uma aposta ganha na afirmação do futebol vitoriano.
Já no domingo, perante mais de 20 mil adeptos no D. Afonso Henriques, veio o momento amargo do fim-de-semana desportivo. Um jogo muito aguardado pela expetativa do quinto lugar na Liga Portugal e a correspondente presença na Liga Conferência. Com a derrota frente ao Farense, por duas bolas a uma, decorrente de erros próprios e de má fortuna, o Vitória atira todas as decisões para a última jornada na difícil, mas não impossível, deslocação a Alvalade.
Pouco depois do pontapé de saída, e na mesma jogada, falhou por três vezes a baliza adversária e de seguida o Farense, em contra-ataque, marcou. A partir daí, a qualidade do jogo decaiu, com muitas interrupções e com os jogadores algarvios aparentemente mais interessados na passagem do tempo do que na disputa da bola. A equipa de arbitragem não destoou e exibiu-se a um nível medíocre com prejuízo para o Vitória.
Agora, urge aproveitar a última oportunidade, e jogar com a alma.
