Alexandre Mestre
1912, Jogos Olímpicos de Estocolmo. Expectativas muito elevadas em torno de Francisco Lázaro, ‘corredor do povo’, porta-estandarte da Missão Olímpica, favorito na Maratona. O próprio colocara a fasquia bem alta quando afirmou profética e categoricamente: ‘Ou ganho ou morro!’ Não ganhou. Nem sequer terminou a prova. Já na madrugada de 15 de julho veio mesmo a morrer. A primeira morte de um atleta na história dos Jogos Olímpicos foi de um atleta português. Suas cerimónias fúnebres motivaram um memorável apoio financeiro e diplomático da Suécia e a sua história pessoal, de um homem muito humilde, está retratada num romance de José Luís Peixoto (Cemitério de Pianos, 2006).
